02 maio, 2009

X-Men Origens: Wolverine (X-Men Origins: Wolverine)




O último filme dos X-Men causou uma certa decepção na maioria dos fãs dos quadrinhos - nem tanto para os que só acompanharam as aventuras dos mutantes na telona. E desde o segundo já havia rumores de que Wolverine ganharia um filme solo, o que tornou-se quase uma obrigação depois do terceiro. Negociações e negociações depois, com vários nomes surgindo na direção, incluindo Zack Snyder, finalmente chega, pelas mães de Gavin Hood. Muitos não se lembrarão do nome, mas ele ganhou o Oscar e o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro em 2006 com o tocante Tsotsi - que é muito bom mas nada parecido com filmes de ação baseados em quadrinhos.

Wolverine é um dos personagens mais interessantes da Marvel. Sua história envolve memórias apagadas e artificialmente implantadas e um passado que nunca fica muito claro, inclusive a sua idade. O filme já começa colocando uma data e, fazendo-se contas rápidas na cabeça, vemos que Wolverine tem, afinal, cerca de 170 anos. Todo o resto segue mais ou menos a confusão dos quadrinhos.

Talvez por uma vontade de agradar fãs da HQ que queriam ver este ou aquele personagem que não apareceu nos anteriores, optou-se por, aqui, encher de mutantes. Em alguns momentos, é demais. Hugh Jackman não é um ator excepcional, e aqui teve concorrência demais para brilhar. Especialmente Liev Schreiber, que se sai muito bem como Victor Creed - apesar de muito neste personagem ter pouco em comum com o dos quadrinhos - e a bela Lynn Collins como Keyla, que aproveita todo o seu charme. Mas, como disse, há muitos personagens, e Hood não consegue manter um nível de qualidade.

Enfim, tudo poderia ser um pouco melhor, para aproveitar o personagem - a trama fica muito em cima da vingança pessoal de Logan e Victor - e trazer de volta aqueles que ficaram desapontados com X-Men III. Como quiseram usar muitos mutantes, acabou-se desperdiçando algumas boas oportunidades para filmes futuros. Apesar disso, para os que se interessam pelo personagem ou pelo estilo da história, não é totalmente ruim.