18 dezembro, 2009

A Princesa e o Sapo (The Princess and the Frog)




A Disney volta à animação desenhada à mão com A Princesa e o Sapo – o último longa para cinema da gigante foi Nem Que a Vaca Tussa, de 2004. Voltou para cumprir uma promessa antiga, de apresentar uma princesa negra. O primeiro roteiro – onde a princesa chamava-se Maddy – teve que ser mudado por críticas sugerindo escravidão e por ser “clichê demais”. Depois de conseguir se acertar com o roteiro – apesar dos clichês estarem, como sempre, presentes – a história ficou bastante simpática e envolvente. E, claro, totalmente Disney.

No bom sentido. Afinal, é o mínimo que se espera da produtora que é praticamente a responsável por tornar a animação uma forma séria de cinema – sim, podemos dizer que mesmo as animações europeias e asiáticas não encontrariam distribuição se não fosse pela Disney ter aberto a estrada. Toda a fofura e atmosfera de sonho que uma história de princesa requer estão lá, deliciosamente ambientada na Nova Orleans do começo do século passado e recheada dos personagens sempre memoráveis, transformados pelo contexto. A fada madrinha aqui é uma feiticeira vodu, o grilo falante é um gentil vagalume apaixonado, e a festa no castelo é na verdade a parada do Mardi Grass, o carnaval da cidade.

Apesar disso – ou talvez por conta disso – não é a melhor animação da Disney, nem mesmo uma das melhores. Mas nem por isso deixa de ser muito boa. Para os adultos que cresceram com os filmes do grande estúdio, é sensacional a pequena volta ao mundo da infância. Para os nossos filhos, é diversão garantida, mesmo em meio à revolução que a animação por computador continua promovendo.

Nenhum comentário: