12 dezembro, 2010

A Rede Social (The Social Network)




Na era das grandes fortunas criadas rapidamente por ideias geniais, não é de espantar que algumas histórias bastante interessante estejam acontecendo nos bastidores. Quando soube que iriam adaptar a história da criação do Facebook para o cinema, confesso que não tive uma boa reação. Pareceu-me algo a ser criado apenas para “pegar a onda” e, especialmente, ganhar dinheiro. Sim, as duas coisas estão corretas, mas há outras, que começaram a ficar claras com os nomes envolvidos no projeto, e que me ganharam de vez nos primeiros trailers.

David Fincher está nas prateleiras de qualquer cinéfilo colecionador que se preze. Depois de Seven, sua fama só cresceu, especialmente pela qualidade das suas produções. Com Benjamin Button, anterior a este, ele sedimentou de vez sua posição. E aqui faz por merecer com uma transcrição ótima do roteiro de Aaron Sorkin, cheia de movimento e tensão em uma história que poderia facilmente cair na chatice.

O elenco foi muito bem escolhido, com o cool & cult Jesse Eisenberg no papel principal, atuando muito bem como sempre, e vários rostos não tão conhecidos nos papéis secundários. Andrew Garfield saiu-se muito bem no não muito visto Leões e Cordeiros, e está preste a chegar ao estrelato como o próximo SpiderMan, para ficar em apenas um exemplo. Mesmo a atuação de Justin Timberlake, quem diria, é bastante boa.

É preciso dizer que, como qualquer história, há mais de um lado, e o filme, como o livro em que se baseou, apresenta apenas um deles. É bastante provável que o Mark Zuckerberg real não seja tão antisocial, e sabemos que o programador Dustin Moskovitz teve um papel bem maior na criação do Facebook do que o filme leva a crer. E, claro, no cinema temos que fazer alguns exageros para aumentar o efeito dramático. Ainda assim, feitas todas as concessões, é um grande filme, que merece ser visto mesmo por quem nem sabe o que é o Facebook.

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