03 julho, 2011

Carros 2 (Cars 2)


Carros sempre foi o filme mais fraco da Pixar. Claro que, no nível da Pixar, ser o mais fraco ainda é bastante bom. Mas não o suficiente para gerar uma continuação. Aliás, continuações não são a onda da Pixar. Salvo este, apenas Toy Story teve continuações - diga-se de passagem, muito bem sucedidas. Parece que o pesadelo dos amantes do estúdio ao saber da compra da Pixar pela Disney, afinal, deve ser considerado, já que tudo indica que não havia outro motivo que não o financeiro para um segundo Carros.

A animação continua excelente, claro. É notável, inclusive, o avanço em relação ao primeiro, não apenas na quantidade dos impressionantes cenários, mas nas próprias texturas dos carros. Uma das cenas na Inglaterra mostra a bandeira britânica flamulando com um realismo inimaginável. O roteiro, apesar de mais complexo, é tão superficial quanto o primeiro.

A impressão de um filme mais complexo vem também da adição de vários novos personagens. Na verdade, personagens demais. Apesar da trama de espionagem feita para os amantes dos filmes antigos do James Bond, o excesso de novas caras - ou novos parachoques - atrapalha. Apesar disso, gostaria de ter a oportunidade de ver os talentos vocais de atores do calibre de Michael Caine e John Turturro. Na versão brasileira, a dublagem do agente secreto Finn McMissile não convence.

Bem, cinema é, afinal, um negócio, antes de ser arte. E uma coisa é certa, Carros 2 faz sucesso com a criançada, que no fim das contas é o que importa. Mas que todos os que acompanham a sequência de sucessos da Pixar gostariam de ver algo com a qualidade de sempre na telona, isso também é certo. Vale só pela diversão.

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