Mexe-se em time que está ganhando? Se for um time inteligente, como é o da Pixar, com certeza. Em meados de 2001, quando o maior estúdio de animação estava prestes a lançar um dos seus maiores sucessos, Mostros S.A., e já com outro grande filme em produção, Procurando Nemo, eis que John Lasseter, o cabeça do time, resolve que a Pixar tem que se mexer. E para isso chama um velho colega de faculdade, aquele brilhante revolucionário que é a inspiração para o resto da turma. E entra Brad Bird, vindo de uma excelente animação que mistura o 3D ao bom e velho 2d, mas que pouca gente viu, O Gigante de Ferro. Ele mesmo pergunta a Lasseter por que foi chamado. Este, bom visionário, responde na lata que a Pixar está por cima agora, mas em breve a tecnologia vai se disseminar, e animações por computador não serão mais sucessos por si só. Agora era a hora de mudar. Mais um acerto do time. Bird estréia na Pixar com o ótimo Os Incríveis, então a animação mais complexa do estúdio - usou mais do que o dobro de cenários do anterior Nemo -, a mais longa, com duração de "filme de adulto", e a primeira a utilizar personagens principais humanos. Três pequenas revoluções numa única tacada.
E agora temos Ratatouille. Difícil saber por onde começar. Primeiro, a qualidade da animação está inimaginavelmente boa e bela. Em alguns momentos podemos, inclusive, vislumbrar aquele futuro possível onde cenários reais e atores serão totalmente dispensáveis. O roteiro é de uma complexidade nunca vista em animações por computador, ao ponto de poder tranquilamente ser classificado como "filme de verdade", a despeito de ser estrelado por um ratinho virtual. É longo como o anterior de Bird, quase duas horas. É fantasticamente engraçado, e ao mesmo tempo sensível e forte, tendo ainda um bocado de ação. Resumindo: é a animação por computador mais ousada já feita. Sabe aquela história que quase todas elas contam, de agradar adultos e crianças? Aqui, muito além disso ser verdade, temos, como disse antes, um filme de verdade, sem aspas.
E pensar que tanto conteúdo está em um mote aparentemente bobo, de um ratinho que sonha em ser um cozinheiro, que encontra em um atrapalhado ajudante de cozinha a chance de realizar-se. Dito assim, temos a errônea impressão de que não se pode esperar muito. Pois podemos, e teremos cada expectativa entregue na tela. Shrek 3 foi ótimo? Sim, certamente. Mas, com Ratatouille, a Pixar avança para um patamar em que, até o momento, não tem concorrentes, novamente. A qualidade é tanta que, pela primeira vez em minha longa "carreira" de cinéfilo, vi um filme em circuito comercial ser aplaudido ao final da projeção. Palmas mais que merecidas.
E agora temos Ratatouille. Difícil saber por onde começar. Primeiro, a qualidade da animação está inimaginavelmente boa e bela. Em alguns momentos podemos, inclusive, vislumbrar aquele futuro possível onde cenários reais e atores serão totalmente dispensáveis. O roteiro é de uma complexidade nunca vista em animações por computador, ao ponto de poder tranquilamente ser classificado como "filme de verdade", a despeito de ser estrelado por um ratinho virtual. É longo como o anterior de Bird, quase duas horas. É fantasticamente engraçado, e ao mesmo tempo sensível e forte, tendo ainda um bocado de ação. Resumindo: é a animação por computador mais ousada já feita. Sabe aquela história que quase todas elas contam, de agradar adultos e crianças? Aqui, muito além disso ser verdade, temos, como disse antes, um filme de verdade, sem aspas.
E pensar que tanto conteúdo está em um mote aparentemente bobo, de um ratinho que sonha em ser um cozinheiro, que encontra em um atrapalhado ajudante de cozinha a chance de realizar-se. Dito assim, temos a errônea impressão de que não se pode esperar muito. Pois podemos, e teremos cada expectativa entregue na tela. Shrek 3 foi ótimo? Sim, certamente. Mas, com Ratatouille, a Pixar avança para um patamar em que, até o momento, não tem concorrentes, novamente. A qualidade é tanta que, pela primeira vez em minha longa "carreira" de cinéfilo, vi um filme em circuito comercial ser aplaudido ao final da projeção. Palmas mais que merecidas.
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