11 agosto, 2007

Transformers (Transformers)




O universo da década de 80 está em alta. Várias séries que fizeram sucesso no passado tornam-se filmes de sucesso agora, modas e objetos lançados naquela época voltam a ser procurados, e até mesmo livros sobre tudo que aconteceu naquele tempo estão entre os best-sellers. E agora, acompanhando a onda nostálgica, temos o filme Transformers. Tudo começou com um brinquedo da Takara, uma indústria japonesa, distribuído nos Estados Unidos pela Hasbro. Para comunicar sua nova linha de brinquedos, a norte-americana encomendou à Marvel uma série de quadrinhos e desenhos animados, que acabaram fazendo mais sucesso que o brinquedo em si – a ponto de várias pessoas acharem que o desenho animado veio primeiro. Esquecidos há algum tempo, eles são agora traduzidos para a telona por Michael Bay.

Bay é um diretor regular. Possui algumas boas produções no currículo, como A Rocha, A Ilha – não, não são partes de uma trilogia inacabada – e Bad Boys, e alguns ruins, como Armageddon e Pearl Harbor. Nenhum dos seus filmes, entretanto, é especialmente ótimo. Mas quase todos possuem a grande vantagem de serem divertidos. E este é especialmente divertido, especialmente na grande parte do filme que antecede a ação, que é praticamente uma comédia dentro da produção.

Para seu Transformers, Bay selecionou alguns atores novos em ascensão, como o protagonista Shia LaBeouf, e alguns desconhecidos como a belíssima Megan Fox, para contracenar com os veteranos Jon Voight e Jon Turturro. Como é quase sempre o diretor que estabelece o padrão das atuações, não temos aqui nada de especial, para o bom ou para o ruim, bem ao estilo de Bay.

A fita é levemente longa demais, talvez por dar um tempo muito grande para o pedaço inicial do filme. Quando finalmente chega a ação, ela acontece numa velocidade tal que o ritmo que o filme passa no início é abruptamente alterado, podendo cansar um pouco. Apesar disso, é uma produção muito bem feita, com efeitos especiais inacreditavelmente bons – ou seria melhor dizer “tão bons que chegam a ser críveis”? - e muito, muito divertido. Para quem via as aventuras de Optimus Prime e sua equipe no passado, ver as complexas transformações das máquinas em robôs é fantástico. Uma pena que apenas a GM tenha sido privilegiada com seus automóveis. Seria muito interessante ver alguns dos carrões antigos e atuais transformando-se.

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