O aniversário da Bossa Nova - por mais estranho que seja comemorar a idade de um gênero musical - mexeu com a produção cultural brasileira. Foi feito de tudo um pouco: shows, documentários, livros, compilações, a Bossa estava em todo o lugar. E no cinema também. Utilizando o já batido expediente de pegar um fato real e construir uma história fictícia ao redor, Os Desafinados, de Walter Lima Jr., faz a sua pequena história da Bossa Nova, falando de um grupo que não foi ao famoso show do gênero nos Estados Unidos.
Walter Lima Jr. é um diretor de filmes muito diferentes. Do bobinho Ele, O Boto ao intimista A Ostra e o Vento, este Os Desafinados pode ser o mais maduro da sua produção. Não há muita profundidade, mas há uma maneira de filmar coerente com a proposta, uma boa escolha de elenco, a utilização inteligente da fotografia para marcar a ambientação, e uma história bem fechada, que responde só o necessário.
Nos papeis principais, bons jovens atores brasileiros, a começar por Rodrigo Santoro, o agora mais internacional dos brasucas. Ele sabe construir um personagem como poucos, e é justamente o seu Joaquim que marca melhor a passagem do tempo na história - não por acaso, o personagem mais principal do grupo. Ângelo Paes Leme também faz um bom papel, que poderia ser melhor aproveitado, e temos também a surpresa do não-ator Jair Oliveira - o eterno Jairzinho - que se não está totalmente à vontade no papel, mostra bastante esforço. Outro colega músico, André Moraes, sai-se um pouco melhor. Cláudia Abreu também atua bem, como Alessandra Negrini - ambas já são do tipo que sabem o que fazem em qualquer papel. Selton Mello, provavelmente o melhor do grupo, deixa os colegas brilharem fazendo muito bem o seu papel coadjuvante.
Os Desafinados é um filme divertido e leve, que tem um pouco de tudo: vai do humor ao drama mais ou menos denso com bastante fluidez. A trilha sonora, que poderia e deveria ter maior participação, é pouco aproveitada, uma pena. Mas nada que tire a graça da fita. Não é a história da Bossa Nova, é uma delas. Mas bem contada.
Walter Lima Jr. é um diretor de filmes muito diferentes. Do bobinho Ele, O Boto ao intimista A Ostra e o Vento, este Os Desafinados pode ser o mais maduro da sua produção. Não há muita profundidade, mas há uma maneira de filmar coerente com a proposta, uma boa escolha de elenco, a utilização inteligente da fotografia para marcar a ambientação, e uma história bem fechada, que responde só o necessário.
Nos papeis principais, bons jovens atores brasileiros, a começar por Rodrigo Santoro, o agora mais internacional dos brasucas. Ele sabe construir um personagem como poucos, e é justamente o seu Joaquim que marca melhor a passagem do tempo na história - não por acaso, o personagem mais principal do grupo. Ângelo Paes Leme também faz um bom papel, que poderia ser melhor aproveitado, e temos também a surpresa do não-ator Jair Oliveira - o eterno Jairzinho - que se não está totalmente à vontade no papel, mostra bastante esforço. Outro colega músico, André Moraes, sai-se um pouco melhor. Cláudia Abreu também atua bem, como Alessandra Negrini - ambas já são do tipo que sabem o que fazem em qualquer papel. Selton Mello, provavelmente o melhor do grupo, deixa os colegas brilharem fazendo muito bem o seu papel coadjuvante.
Os Desafinados é um filme divertido e leve, que tem um pouco de tudo: vai do humor ao drama mais ou menos denso com bastante fluidez. A trilha sonora, que poderia e deveria ter maior participação, é pouco aproveitada, uma pena. Mas nada que tire a graça da fita. Não é a história da Bossa Nova, é uma delas. Mas bem contada.
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