

Não é simples filmar a história de um ícone. Sem entrar aqui nas opiniões a respeito do personagem, há que se respeitar a figura de Che Guevara. Na América, é uma figura mais conhecida que muitos popstars - certamente figura em mais camisetas que qualquer um. Há várias facetas e formas de abordá-las, e talvez a mais difícil seja justamente a do momento que o tornou mais famoso, a Revolução Cubana. Quando Steven Soderbergh iniciou o projeto do filme, vários torceram o nariz e muitos foram contras - o que fez com que as filmagens fossem seguidamente adiadas. Mas eis que finalmente saiu. E, como quase tudo que Soderbergh faz, é uma pequena obra-prima.
Nesta primeira parte, chamada de O Argentino - o filme foi rodado como uma única peça de mais de quatro horas, e apresentado assim em Cannes; para o circuito comercial, foi partido em dois - Soderbergh coloca lado a lado dois acontecimentos: o início da guerrilha em Cuba, até a tomada de Sierra Madre, e a viagem de Che aos EUA em 64, quando discursou na ONU. Há um interessante diálogo entre os pedaços, quando vemos que o que ele fala nos EUA é corroborado pelas ações em combate. A variação técnica é uma das ótimas jogadas do diretor. Na guerra, ele filma em cores, com bela fotografia e a técnica de sempre. Nos EUA, imita um documentário antigo em preto e branco, com granulação e tomadas "ruins", com closes excessivos e alto contraste.
Benício Del Toro encarou o desafio de interpretar Che. A semelhança física proporcionada pela barba e cabelos crescentes ajudou, mas há por trás uma força artística impressionante, que mais uma vez faz jus ao excelente ator que ele é. É a sua imagem que vemos o tempo todo na tela, mas devemos reparar também nas ótimas atuações do mexicano Demián Bichir como Fidel Castro - também bastante parecido - e de Catalina Sandino Moreno, que com apenas cinco anos de carreira - ela estreou no tocante Maria Cheia de Graça - mostra uma técnica muito madura. Nosso Rodrigo Santoro está lá, numa ponta como Raul Castro, mandando bem no espanhol.
É uma pena que o filme tenha ficado tão longo e partido em dois. A história flui muito bem, no ritmo certo, e por isso o final é um pouco abrupto, nos dá vontade de ver logo o resto - que não tem ainda data de lançamento no Brasil. Claro, essa espectativa tem lá o seu lado comercial - e sabemos que Soderbergh sabe como poucos como unir a vontade comercial dos estúdios e distribuidoras à boa forma cinematográfica. Como tudo leva a crer que a qualidade será mantida, teremos um ótimo motivo para voltar aos cinemas em breve.
Nesta primeira parte, chamada de O Argentino - o filme foi rodado como uma única peça de mais de quatro horas, e apresentado assim em Cannes; para o circuito comercial, foi partido em dois - Soderbergh coloca lado a lado dois acontecimentos: o início da guerrilha em Cuba, até a tomada de Sierra Madre, e a viagem de Che aos EUA em 64, quando discursou na ONU. Há um interessante diálogo entre os pedaços, quando vemos que o que ele fala nos EUA é corroborado pelas ações em combate. A variação técnica é uma das ótimas jogadas do diretor. Na guerra, ele filma em cores, com bela fotografia e a técnica de sempre. Nos EUA, imita um documentário antigo em preto e branco, com granulação e tomadas "ruins", com closes excessivos e alto contraste.
Benício Del Toro encarou o desafio de interpretar Che. A semelhança física proporcionada pela barba e cabelos crescentes ajudou, mas há por trás uma força artística impressionante, que mais uma vez faz jus ao excelente ator que ele é. É a sua imagem que vemos o tempo todo na tela, mas devemos reparar também nas ótimas atuações do mexicano Demián Bichir como Fidel Castro - também bastante parecido - e de Catalina Sandino Moreno, que com apenas cinco anos de carreira - ela estreou no tocante Maria Cheia de Graça - mostra uma técnica muito madura. Nosso Rodrigo Santoro está lá, numa ponta como Raul Castro, mandando bem no espanhol.
É uma pena que o filme tenha ficado tão longo e partido em dois. A história flui muito bem, no ritmo certo, e por isso o final é um pouco abrupto, nos dá vontade de ver logo o resto - que não tem ainda data de lançamento no Brasil. Claro, essa espectativa tem lá o seu lado comercial - e sabemos que Soderbergh sabe como poucos como unir a vontade comercial dos estúdios e distribuidoras à boa forma cinematográfica. Como tudo leva a crer que a qualidade será mantida, teremos um ótimo motivo para voltar aos cinemas em breve.
Um comentário:
Me recomendaram seu blog, então entrei e gostei dos seus posts, mais ainda por se tratar de filmes, coisa que eu tenho enorme paixão.
Ainda não vi Che, mas suas palavras reforçaram minha vontade de assistir logo!
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