

Besouro começou sua divulgação muito antes de ser concluído, e chamou a atenção de cinéfilos Brasil afora. Era de fato uma novidade e tanto. Um filme sobre um personagem brasileiro tão interessante quanto desconhecido, sobre a arte marcial nascida aqui, e feito com aspirações grandiosas. As primeiras imagens lhe valeram o apelido de "O Tigre e o Dragão brasileiro", bastante influenciada pelas coreografias e efeitos especiais de Hian-Chiu Ku, que de fato comandou o mesmo departamento no filme de Ang Lee, entre outros. Pouco a pouco, o interesse foi crescendo, em uma estratégia quase como a que vemos em grandes produções internacionais.
João Daniel Tikhomiroff dirige seu primeiro longa com um bom aproveitamento das paisagens baianas, algumas tomadas muito boas, e também um ou outro diálogo ótimo. Perde um pouco o ritmo e alguns momentos, e deixa de aproveitar a história em outras. Fotografa muito bem, realçando o amarelo da região. Quase tudo está muito bom. Uma pena que não se possa dizer o mesmo do elenco.
Aílton Carmo, capoeirista de verdade, consegue bons resultados nas cenas de ação como Besouro - que infelizmente não são tantas quanto poderiam. Mas ele ainda precisa de muito treino como ator. Chega a ser curioso a forma como a câmera parece fugir dele justamente nos momentos das suas falas ou em que seria exigido dele a demonstração de alguma emoção. Sua cara fechada mirando o horizonte, entretanto, é farta na película. Um contraste e tanto com a ótima atuação de Flávio Rocha, o Coronel, e do talento potencial de Jessica Barbosa, a Dinorá.
O grande problema de Besouro é a quantidade de "quases" - cada um deles afastando mais de um ótimo filme. A indefinição entre um filme histórico e de ação, a perda do ritmo em pontos chave, e o elenco pouco trabalhado atrapalham. Ainda assim, merece muito ser visto, como representação do que o nosso cinema pode fazer, em termos de roteiro, personagens e produção como um todo. É um filme que não muitos anos atrás seria inimaginável, e por isso é bom que, mesmo não sendo perfeito, ele tenha chegado às telas com algum destaque. Merece uma nota boa pelo pequeno marco que representa no cinema nacional.
João Daniel Tikhomiroff dirige seu primeiro longa com um bom aproveitamento das paisagens baianas, algumas tomadas muito boas, e também um ou outro diálogo ótimo. Perde um pouco o ritmo e alguns momentos, e deixa de aproveitar a história em outras. Fotografa muito bem, realçando o amarelo da região. Quase tudo está muito bom. Uma pena que não se possa dizer o mesmo do elenco.
Aílton Carmo, capoeirista de verdade, consegue bons resultados nas cenas de ação como Besouro - que infelizmente não são tantas quanto poderiam. Mas ele ainda precisa de muito treino como ator. Chega a ser curioso a forma como a câmera parece fugir dele justamente nos momentos das suas falas ou em que seria exigido dele a demonstração de alguma emoção. Sua cara fechada mirando o horizonte, entretanto, é farta na película. Um contraste e tanto com a ótima atuação de Flávio Rocha, o Coronel, e do talento potencial de Jessica Barbosa, a Dinorá.
O grande problema de Besouro é a quantidade de "quases" - cada um deles afastando mais de um ótimo filme. A indefinição entre um filme histórico e de ação, a perda do ritmo em pontos chave, e o elenco pouco trabalhado atrapalham. Ainda assim, merece muito ser visto, como representação do que o nosso cinema pode fazer, em termos de roteiro, personagens e produção como um todo. É um filme que não muitos anos atrás seria inimaginável, e por isso é bom que, mesmo não sendo perfeito, ele tenha chegado às telas com algum destaque. Merece uma nota boa pelo pequeno marco que representa no cinema nacional.
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