16 junho, 2007

Piratas do Caribe - No Fim do Mundo (Pirates of the Caribbean: At World's End)




O cinema já se inspirou em livros, músicas, histórias reais, histórias em quadrinhos, pinturas e até em videogames. No início deste século, um certo Gore Verbinski, diretor com apenas três filmes no currículo e nenhuma linha criativa aparente - o bobo Um Ratinho Encrenqueiro, a interessante comédia A Mexicana, e a versão norte-americana do terror japonês O Chamado - atendeu o produtor Jerry Bruckheimer na criação do primeiro filme inspirado em um parque de diversões. Ou um pedaço dele, para ser mais exato. Assim, nasceu Piratas do Caribe, fruto de um dos megabrinquedos da Disney. Inicialmente, o nome seria somente esse, mas resolveram aplicar um "sobrenome" caso viesse a fazer sucesso e, assim, incentivasse continuações. Dito e feito. Agora temos o final da trilogia - sempre ela - com No Fim do Mundo.

A primeira parte, por assim dizer, não tinha muitas pretensões além de ser divertido. Nesse ponto sobressaiu-se o ótimo Jhonny Depp como o pirata Jack Sparrow. Ele foi o grande foco do segundo, e é também o grande trunfo deste terceiro. Para fechar a série, decidiu-se por uma história um tanto mais complexa, que começou a ser filmada antes de ter o roteiro finalizado. As três horas são demasiadamente longas, especialmente porque há vários trechos lentos - e isso fica ainda mais evidente lembrando-se da energia sem fim da segunda parte.

Mas há Jhonny Depp, e o também ótimo Geoffrey Rush, e vários outros bons atores. E há o humor. É o que impede que o filme naufrague antes do seu final, o humor às vezes fino, às vezes escrachado, que nos mantém sentados à espera da solução daquela teia que o roteiro se tornou. Não é ótimo, está longe disso. Também deixa um pouco a desejar comparando-se com seus antecessores. Mas é o suficiente para alguma diversão, e isso, no final das contas, é o que importa. Mas bem que poderíamos ter um pouco mais de ação, um pouco menos de duração, e bem mais comédia.

Nenhum comentário: