O filme Tropa de Elite, lançado oficialmente em outubro do ano passado - e extraoficialmente bem antes - jogou na cara dos brasileiros o papel que a classe média consumidora tem no tráfico de drogas. Com um timing quase perfeito, outra produção conta o outro lado da história, o caso dos próprios consumidores de classe média, e de um em especial para quem o vício tomou uma dimensão bem maior. Meu Nome Não É Johnny não tem o apelo chocante do seu quase primo, mas porque tem o foco mais fechado em seu personagem principal que na denúncia dos esquemas do tráfico.
O livro do primo de João Guilherme Estrella foi disputado por produtoras tão logo foi lançado. É uma história bastante atrativa, que poderia ser utilizada para fazer aquele velho estilo de cinema brasileiro que ainda insiste em se mostrar, e tentar mostrar a todo custo as mazelas do nosso país. Felizmente, caiu nas mão de Mariza Leão, que soube tratar bem a biografia, e nos mostrar o que há de mais interessante nela, que é o personagem principal e sua postura com relação a tudo que lhe aconteceu.
Selton Mello faz o papel principal, e praticamente passeia pela tela com uma desenvoltura que só faz provar sem sombra de dúvidas que ele é um dos maiores atores brasileiros - da sua geração e também fora dela. Seu misto de carisma e deboche foi elogiado pelo próprio João Estrella, é tudo que se precisa dizer. Contracenando com ele está Cleo Pires, em uma atuação que não consegue exatamente evoluir, e sofre um pouco com o talento exacerbado do seu companheiro de cena. Bem melhor está o resto do elenco, ancorado por nomes de peso como Julia Lemmertz, Cassia Kiss e Eva Todor - no inusitado papel da velhinha traficante.
O filme utiliza o humor de maneira muito inteligente, faz a história seguir o ritmo correto e se preocupa apenas em contar a história de João. Todo o resto - inclusive a denúncia que, sim, está presente - são secundárias, acontecem naturalmente. O diretor Mauro Lima, que até então não tinha produções tão abrangentes no currículo, mostra uma boa mão, deixando o roteiro fluir e aproveitando bem o clima anos 80 da fita. Mas, mais do que tudo que está escrito acima, Meu Nome Não É Johnny é uma muito bem vinda prova de que o cinema brasileiro pode amadurecer, que sabemos trabalhar uma boa história e utilizar temas pesados sem precisar apelar. Vale cada minuto na poltrona.
O livro do primo de João Guilherme Estrella foi disputado por produtoras tão logo foi lançado. É uma história bastante atrativa, que poderia ser utilizada para fazer aquele velho estilo de cinema brasileiro que ainda insiste em se mostrar, e tentar mostrar a todo custo as mazelas do nosso país. Felizmente, caiu nas mão de Mariza Leão, que soube tratar bem a biografia, e nos mostrar o que há de mais interessante nela, que é o personagem principal e sua postura com relação a tudo que lhe aconteceu.
Selton Mello faz o papel principal, e praticamente passeia pela tela com uma desenvoltura que só faz provar sem sombra de dúvidas que ele é um dos maiores atores brasileiros - da sua geração e também fora dela. Seu misto de carisma e deboche foi elogiado pelo próprio João Estrella, é tudo que se precisa dizer. Contracenando com ele está Cleo Pires, em uma atuação que não consegue exatamente evoluir, e sofre um pouco com o talento exacerbado do seu companheiro de cena. Bem melhor está o resto do elenco, ancorado por nomes de peso como Julia Lemmertz, Cassia Kiss e Eva Todor - no inusitado papel da velhinha traficante.
O filme utiliza o humor de maneira muito inteligente, faz a história seguir o ritmo correto e se preocupa apenas em contar a história de João. Todo o resto - inclusive a denúncia que, sim, está presente - são secundárias, acontecem naturalmente. O diretor Mauro Lima, que até então não tinha produções tão abrangentes no currículo, mostra uma boa mão, deixando o roteiro fluir e aproveitando bem o clima anos 80 da fita. Mas, mais do que tudo que está escrito acima, Meu Nome Não É Johnny é uma muito bem vinda prova de que o cinema brasileiro pode amadurecer, que sabemos trabalhar uma boa história e utilizar temas pesados sem precisar apelar. Vale cada minuto na poltrona.
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