Quando um jovem ator, que até então só fizera extras – e iniciara sua carreira com um filme pornô – procurou um estúdio para filmar uma história de sua autoria, viu muitas portas fecharem. Sua via-crucis para colocar seu projeto em prática transformou-se no primeiro filme da série Rocky, em 1976. Contava a história de um lutador e boxe desconhecido que, convidado a lutar em uma exibição contra o atual campeão, surpreende a todos e vence. O azarão das telas virou o da vida real, e a fita ganhou três Oscar dos 10 para os quais foi nomeado. Sabe-se lá o que aconteceu aos membros da Academia naquela época, pois o filme não é tão bom assim. Mas fez a carreira de Sylvester Stallone, até que o oblívio chegou, e ele resolveu ressuscitar seu primeiro sucesso, contando nas telas, novamente, a sua própria história, de alguém que já foi astro e perdeu a majestade.
Impressiona, portanto, que o filme não seja ruim. Era de se esperar um sentimentalismo barato, uma filmagem um tanto torta, uma história desconexa. Mas nada disso aconteceu. O filme segue em um ritmo muito bom, com boas cenas, e uma característica que é uma marca da carreira do ator/roteirista/diretor: Stallone, como seu personagem, não é articulado para falar com emoção – há apenas uma cena no filme com alguma força em que Rocky é quem fala – então deixa que outros o façam. Através do orgulho cego do atual campeão, da falta de orgulho do filho, da nova amizade com uma garçonete, o filme trata sempre do mesmo assunto, a humildade.
De certa forma, este é o melhor Rocky da série. Sem dúvida, tem as melhores cenas de boxe dos seis, mimetizando com competência uma transmissão televisiva. De maneira geral, é um filme agradável, com personagens que a maioria já conhece, sem nenhuma grande surpresa – exceto pela participação do boxeador de verdade Antonio Tarver e uma ou outra cena boa.
A maioria das pessoas deve entrar no cinema por pura curiosidade – meu caso, admito. Alguns vão entrar pelo saudosismo, outros esperando ver novamente um herói da sua geração. Com maior ou menor intensidade, todos sairão satisfeitos. Para um filme duplamente azarão, não é nada mal.
Impressiona, portanto, que o filme não seja ruim. Era de se esperar um sentimentalismo barato, uma filmagem um tanto torta, uma história desconexa. Mas nada disso aconteceu. O filme segue em um ritmo muito bom, com boas cenas, e uma característica que é uma marca da carreira do ator/roteirista/diretor: Stallone, como seu personagem, não é articulado para falar com emoção – há apenas uma cena no filme com alguma força em que Rocky é quem fala – então deixa que outros o façam. Através do orgulho cego do atual campeão, da falta de orgulho do filho, da nova amizade com uma garçonete, o filme trata sempre do mesmo assunto, a humildade.
De certa forma, este é o melhor Rocky da série. Sem dúvida, tem as melhores cenas de boxe dos seis, mimetizando com competência uma transmissão televisiva. De maneira geral, é um filme agradável, com personagens que a maioria já conhece, sem nenhuma grande surpresa – exceto pela participação do boxeador de verdade Antonio Tarver e uma ou outra cena boa.
A maioria das pessoas deve entrar no cinema por pura curiosidade – meu caso, admito. Alguns vão entrar pelo saudosismo, outros esperando ver novamente um herói da sua geração. Com maior ou menor intensidade, todos sairão satisfeitos. Para um filme duplamente azarão, não é nada mal.
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