O cinema felizmente descobriu a fonte dos quadrinhos alternativos. Aproveitando ou não a onda de adaptações da nona para a sétima arte, os títulos menos conhecidos, aqueles que nem sempre vão parar nas bancas, começam a aparecer nos cinemas. Já tivemos de tudo, desde a melhor proposição já feita para o misterioso Jack o Estripador - sim, a graphic novel "Do Inferno" é considerada a mais provável história do famoso assassino, e já esteve nas telonas - até a melhor transcrição entre as duas linguagens, o excepcional Sin City. Stardust não chega a alfinetar um posto de "melhor", mas merece as suas estrelas.
A história não é muito conhecida aqui no Brasil, mas os fãs do gênero sabem que a sua grife não engana. Neil Gaiman, o autor, faz parte da atual tríade sagrada dos escritores de quadrinhos, junto com Frank Miller, de Sin City e 300, e Alan Moore, de V de Vingança - um caso raro dos que não foram muito bem adaptados, tanto que Moore tirou seu nome dos créditos - e "Do Inferno". Ou seja, a história é certamente muito boa. Para referência, Gaiman é o autor da melhor série longa dos quadrinhos, Sandman.
E o diretor Mattew Vaughn soube aproveitá-la. Iniciante, com apenas outro filme desconhecido no currículo, já podemos ver que tem potencial. A narrativa, com todas as adaptações que normalmente são necessárias à transcrição, utiliza muito bem o tema central dos quadrinhos, e tudo corre na medida. Temos o humor contornando toda a trama, a aventura na dose certa, e a beleza visual muito bem fotografada. Sem falar no ótimo elenco. Tão bom que pode colocar grandes nomes apenas como coadjuvantes, como Peter O'Toole e Rupert Everett - aliás, o time dos príncipes fantasmas é particularmente hilário. O protagonista Charlie Cox foi bem escolhido entre nomes não muito famosos, e conseguiu mostrar um bom serviço ao lado de "gente grande" como Robert DeNiro e Michelle Pfeiffer. Claire Danes mostra também muita desenvoltura no papel da estrela cadente Yvaine.
Muitas vezes um bom filme perde-se porque prolongou demais a história ou fez cortes excessivos. Stardust não padece de nenhum desses problemas. Com suas pouco mais de duas horas, tem o tempo exato para desenvolver a trama, não deixa nós desatados e diverte bastante. Um filme que tem potencial para agradar uma faixa de público maior do que o quadrinho que o inspirou conseguiu - o que pode fazer com que a peça original volte às prateleiras, o que não seria nada ruim. Uma produção que transita bem dos festivais que freqüentou para o circuito comercial, o que por si só já é um bom atestado de qualidade. Para ver sem medo de errar.
A história não é muito conhecida aqui no Brasil, mas os fãs do gênero sabem que a sua grife não engana. Neil Gaiman, o autor, faz parte da atual tríade sagrada dos escritores de quadrinhos, junto com Frank Miller, de Sin City e 300, e Alan Moore, de V de Vingança - um caso raro dos que não foram muito bem adaptados, tanto que Moore tirou seu nome dos créditos - e "Do Inferno". Ou seja, a história é certamente muito boa. Para referência, Gaiman é o autor da melhor série longa dos quadrinhos, Sandman.
E o diretor Mattew Vaughn soube aproveitá-la. Iniciante, com apenas outro filme desconhecido no currículo, já podemos ver que tem potencial. A narrativa, com todas as adaptações que normalmente são necessárias à transcrição, utiliza muito bem o tema central dos quadrinhos, e tudo corre na medida. Temos o humor contornando toda a trama, a aventura na dose certa, e a beleza visual muito bem fotografada. Sem falar no ótimo elenco. Tão bom que pode colocar grandes nomes apenas como coadjuvantes, como Peter O'Toole e Rupert Everett - aliás, o time dos príncipes fantasmas é particularmente hilário. O protagonista Charlie Cox foi bem escolhido entre nomes não muito famosos, e conseguiu mostrar um bom serviço ao lado de "gente grande" como Robert DeNiro e Michelle Pfeiffer. Claire Danes mostra também muita desenvoltura no papel da estrela cadente Yvaine.
Muitas vezes um bom filme perde-se porque prolongou demais a história ou fez cortes excessivos. Stardust não padece de nenhum desses problemas. Com suas pouco mais de duas horas, tem o tempo exato para desenvolver a trama, não deixa nós desatados e diverte bastante. Um filme que tem potencial para agradar uma faixa de público maior do que o quadrinho que o inspirou conseguiu - o que pode fazer com que a peça original volte às prateleiras, o que não seria nada ruim. Uma produção que transita bem dos festivais que freqüentou para o circuito comercial, o que por si só já é um bom atestado de qualidade. Para ver sem medo de errar.
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