É difícil falar sobre um filme que já foi amplamente comentado. Talvez o maior trunfo de Tropa de Elite seja ter sido vítima de um crime que em certa medida se relaciona com vários outros mostrados na produção. Se o "lançamento" da versão pirata várias semanas antes do oficial foi ou não uma jogada de marketing, já não importa. O fato é que, jogada ou não, o marketing deu certo, e na semana em que ele chega oficialmente aos cinemas, muita gente já viu. Mas ainda assim muitos vão conferir o que agora é chamado de "versão original". E então é também difícil não escapar à comparação com o seu irmão mais velho, Cidade de Deus. Mas apesar de serem o principal cenário as favelas, aqui, não são o foco.
O filme incomoda, e não sabemos o que nele nos deixa mais revoltados, se a rápida visita pela corrupção já intrínseca à polícia, se o triste papel das classes média e alta na manutenção do crime organizado, ou se os métodos desumanos do BOPE. São três tapas na cara, bem dados como os que o Capitão Nascimento aplica àqueles que interroga e aos seus recrutas. Nada é novidade, mas ver tudo tão bem mostrado é como se nunca soubessemos. E tudo como pano de fundo para a história de um único personagem, o Capitão que precisa encontrar um substituto à altura para seu posto na corporação, e assim poder dar a devida atenção à família.
José Padilha aproveita muito bem os cenários, e também os atores. Se as últimas boas produções brasileiras foram a glória de Lázaro Ramos, esta pode ser o início para Wagner Moura. De todas as boas atuações - e também das medianas - do filme, ele sobressai, e não apenas por ser o personagem principal, mas por estar muito bem incorporado no papel. Como já parece ser comum em produções desse gênero, o elenco responsável pelos papéis de traficantes e bandidos sai-se muito bem. O mesmo, infelizmente, não pode ser dito dos jovens que fazem os estudantes, e aí podemos incluir André Ramiro, que poderia ter mostrado um pouco mais de esforço, mesmo no papel difícil que teve.
A pergunta que não quer calar: teria Tropa de Elite feito tanto sucesso se não houvesse acontecido a pirataria precoce? O filme seria o mesmo, possivelmente o espaço nas salas de exibição também, mas os comentários provavelmente ficariam restritos ao público mais afeito ao cinema brasileiro de "não comédia", que ainda não é muito. As cópias não autorizadas atiçaram a curiosidade de todos que souberam do caso, e comentou-se mesmo antes de ter-se visto, já que o enredo foi para as ruas, e mesmo que não viu já sabia. Tenha você visto ou não a versão pirata das ruas, vá ao cinema. Pode não ser exatamente agradável, mas é essencial.
O filme incomoda, e não sabemos o que nele nos deixa mais revoltados, se a rápida visita pela corrupção já intrínseca à polícia, se o triste papel das classes média e alta na manutenção do crime organizado, ou se os métodos desumanos do BOPE. São três tapas na cara, bem dados como os que o Capitão Nascimento aplica àqueles que interroga e aos seus recrutas. Nada é novidade, mas ver tudo tão bem mostrado é como se nunca soubessemos. E tudo como pano de fundo para a história de um único personagem, o Capitão que precisa encontrar um substituto à altura para seu posto na corporação, e assim poder dar a devida atenção à família.
José Padilha aproveita muito bem os cenários, e também os atores. Se as últimas boas produções brasileiras foram a glória de Lázaro Ramos, esta pode ser o início para Wagner Moura. De todas as boas atuações - e também das medianas - do filme, ele sobressai, e não apenas por ser o personagem principal, mas por estar muito bem incorporado no papel. Como já parece ser comum em produções desse gênero, o elenco responsável pelos papéis de traficantes e bandidos sai-se muito bem. O mesmo, infelizmente, não pode ser dito dos jovens que fazem os estudantes, e aí podemos incluir André Ramiro, que poderia ter mostrado um pouco mais de esforço, mesmo no papel difícil que teve.
A pergunta que não quer calar: teria Tropa de Elite feito tanto sucesso se não houvesse acontecido a pirataria precoce? O filme seria o mesmo, possivelmente o espaço nas salas de exibição também, mas os comentários provavelmente ficariam restritos ao público mais afeito ao cinema brasileiro de "não comédia", que ainda não é muito. As cópias não autorizadas atiçaram a curiosidade de todos que souberam do caso, e comentou-se mesmo antes de ter-se visto, já que o enredo foi para as ruas, e mesmo que não viu já sabia. Tenha você visto ou não a versão pirata das ruas, vá ao cinema. Pode não ser exatamente agradável, mas é essencial.
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