07 março, 2010

Simplesmente Complicado (It's Complicated)




Como na última crítica, você talvez não reconheça o nome Nancy Meyers. Mas certamente conhece a maioria das suas poucas produções. Elas são algumas das melhores comédias românticas dos últimos tempos: Do Que as Mulheres Gostam, Alguém Tem Que Ceder e O Amor Não Tira Férias. Em todas elas, percebe-se o estilo de Meyers especialmente no ritmo, mas também no tratamento dos personagens. Em comum há, também, o fator surpresa.

Como é a própria Nancy Meyers quem escreve a maioria dos seus filmes – a exceção é Do Que as Mulheres Gostam – ela consegue abusar, no bom sentido, dos estereótipos que aplica aos seus personagens. E, talvez por isso, consiga aplicar aqui e ali alguns ótimas situações e diálogos, daqueles que arrancam gostosas risadas. Ela foi também a precursora das comédias românticas com atores mais velhos, e isso é para ela uma espécie de arma secreta.

Como em Alguém Tem que Ceder, ela convidou grandes nomes para o casal principal. Difícil pensar em uma atuação ruim de Meryl Streep em suas últimas atuações. Aqui, livre para encarnar a comediante que todo ator gosta de ser, ela atua tão bem que é um deleite vê-la na tela. Alec Baldwin, mesmo sem ser um nome de primeira grandeza, mostra a habilidade que só se ganha com a experiência. Steve Martin foi uma aposta ousada, provavelmente feita por conta da sua atuação comedida – e praticamente repetida aqui – em Garota da Vitrine. E contrabalançando o trio está um ótimo elenco jovem – que na verdade compartilham partes de uma única personalidade, a ponto de sobressair na verdade o genro, e não um dos filhos.

De tudo que se vê deste Simplesmente Complicado, começando pelo próprio nome, o cartaz e o trailer, nada cria muita expectativa. É já na poltrona que sentimos que pagamos muito bem pelo ingresso. Tudo bem feito, e na medida para diversão descontraída.

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