02 março, 2011

Bruna Surfistinha




Fruto da então primeira onda de blogs muito famosos - além, claro, da sua própria semi-trágica história particular - Bruna Surfistinha foi também uma das primeiras web-celebridades brasileiras. Soube aproveitar muito bem o momento em que seu blog deixaria de ser interessante para “escrever” um livro. Muitas cópias vendidas e muito assunto discutido, era apenas questão de tempo até alguém resolver transformar em filme.

Coube ao publicitário Marcus Baldini estrear no cinema com a transcrição. Ele evita qualquer ousadia: não há nada excepcional na fita, inclusive as previsíveis cenas de nudez e sexo. A história é linear, com algumas interferências de narração que não chegam a compor um estilo, e o ritmo parece tirado de um manual de roteiro.

Nem no elenco houve ousadia. Inicialmente a modelo-e-atriz Karen Junqueira estaria no papel principal. Talvez por medo que a moça não desse conta do papel, passou à experiente Deborah Secco, que exagera tanto para o lado da antes tímida adolescente Raquel quanto para a transformada Bruna. Tanto que leva um banho de interpretação por todos os lados: Fabíula Nascimento, nas poucas cenas em que aparece, Drica Moraes, Cassio Gabus Mendes, todos superam se dificuldades a performance de Deborah.

Mas é, de qualquer forma, uma história interessante. Talvez, com mais coragem, pudesse se tornar uma peça muito melhor - difícil não pensar em algumas produções européias ou independentes norte-americanas que exploram o mesmo tema. É um filme apenas OK, o suficiente para chamar atenção apenas pela personagem.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Tiago. Você é filho de quem? Não estranhe a pergunta. Meu nome é Sergio da Motta e Albuquerque. Sou sobrinho da Tia Zita, irmã do meu pai. Também gosto de cinema. Já legendei "Per Grazia Ricevuta" (por uma Graça Recebida" (1971, Nino Manfredi).É a única legenda disponível para esse filme em português. Sou consultor de TI, e publico no Observatório da Imprensa. Muito prazer