05 março, 2011

Rango (Rango)




Um dos maiores estúdios de efeitos especiais, o Industrial Light & Magic, de George Lucas, uniu-se a um dos maiores canais infantis para, juntos, entrarem no mercado das animações longa-metragem por computador - que ainda é quase monopolizado por Pixar, Dreamworks e BlueSky. Começaram por Rango, uma paródia dos faroestes spaghetti dos anos 1960 estrelada por animais capitaneada por Gore Verbinski, diretor da série Piratas do Caribe, com roteiro de John Logan, que tem no currículo grandes produções como Gladiador, O Aviador e O Último Samurai.

Um belo time, portanto, absolutamente necessário para tentar qualquer briga que seja com os três grandes. E percebe-se que o esforço foi grande. Do lado da modelagem e animação, tudo ficou ótimo. Detalhes, iluminação, física, está tudo ali enganando nossos olhos direitinho. O roteiro, como fazem a Pixar e a Dreamworks, trabalha ao mesmo tempo a diversão para os pequenos e as sutilezas para os adultos - mas a balança pende ligeiramente para o lado destes.

Infelizmente, a maioria das cópias nos cinemas brasileiros será dublada, mas espera-se - e há alguma confirmação por parte das críticas nos sites de lá - que os trabalho de Johnny Depp, Isla Fisher, Abigail Breslin, Alfred Molina e Bill Nighy tenham sido muito bem feitos. O roteiro poderia ter sido um pouco melhor trabalhado - e é justamente esse o maior trunfo dos concorrentes. Faltou um pouco de continuidade e aprofundamento, a impressão é de que quer-se resolver tudo em apenas um punhado de cenas. Ainda não é páreo para os grandes, mas foi um bom começo.

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