06 março, 2011

O Mágico (L'Illusionniste)




Jacques Tati foi um dos grandes cineastas franceses do começo do século passado. Escreveu, dirigiu e atuou em várias ótimas comédias, marcando presença como o impagável personagem Sr. Hulot. Quando morreu, em 1982, deixou uma pequena obra-prima roteirizada, que por muito tempo ficou esperando alguém corajoso - e talentoso - o suficiente para realizá-la. Coube a Sylvain Chomet transformar a história em uma bela e sensível animação.

Chomet fez O Mágico no mesmo estilo do seu excelente As Bicicletas de Belleville. Animação clássica, com pouquíssimas e bem feitas interferências de CG apenas nas partes em que seria mais penoso animar à mão, e praticamente um filme mudo. Ainda assim, cheio de diálogos subentendidos.

O personagem principal, o velho e um tanto decadente ilusionista de salão, foi feito à imagem e semelhança de Jacques Tati, e há outras diversas referências ao cineasta pelo filme. Como sempre no cinema europeu, o ritmo não é aquele a que nós, criados sob altas doses das produções norte-americanas, estamos acostumados. Mas não dá para imaginar a história feita de outra maneira. Além de muito bonita, a animação nos toca com muita facilidade. Imperdível.

Um comentário:

Marina disse...

É mesmo uma animação linda, saí do cinema positivamente surpreendida!