07 setembro, 2007

A Hora do Rush 3 (Rush Hour 3)




Filmes de ação com artes marciais que são também comédias são uma criação chinesa, que abusava da criatividade - e das chamadas "lutas com fios", aquelas em que os personagens voam - para produzir um cinema popular que não desafiasse as regras rígidas do comunismo. Jackie Chan, depois de ser dublê e parceiro de Bruce Lee, foi quem praticamente inventou o gênero nos anos 80, e também quem praticamente fez com que ele sobrevivesse até chamar a atenção de Hollywood. Provavelmente o sucesso que a combinação faz hoje não foi esperado. Como também uma terceira continuação para o despretensioso A Hora do Rush.

Chan parece ter encontrado em Brett Ratner o parceiro perfeito como diretor, e o mesmo se aplica a Chris Tucker na frente das câmeras. Desde o primeiro filme, há algo no ritmo desses três que outras produções do gênero - algumas inclusive com o mesmo Jackie Chan - não conseguem alcançar. Apesar do tema parecer meio batido, eles conseguem fazer com que o filme funcione muito bem.

As cenas rápidas têm o timing perfeito da comédia, e as risadas se sucedem com facilidade. O roteiro não chega a ser muito bem trabalhado quanto à história em si, que é um tanto confusa e termina sem explicar muito. Mas nesse caso isso realmente não importa. A diversão é garantida pelas pequenas cenas cm muito bom humor. Chineses que falam francês - em uma impagável cena em que uma freira serve de intérprete, obrigando os protagonistas a camuflarem seus palavrões -, uma recepção nada calorosa na França e a excelente abertura em que Tucker, dançando como Michael Jackson, tenta organizar o trânsito de Los Angeles são alguns dos bons momentos do filme. Como de praxe nas produções em que Chan participa, erros de gravação e pequenos acidentes nas coreografias mantém as gargalhadas até os créditos. Programa leve para o feriado.

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