Lars Von Trier é um diretor que gosta de simplicidade. Suas produções têm como marca evitar a maioria das assim chamadas "perfumarias", como efeitos especiais, edição de som e afins. Ele chegou a fundar um movimento cinematográfico chamado Dogma95, em que o mote básico era o que nosso Glauber Rocha já fazia por necessidade, uma idéia na cabeça e uma câmera na mão. Apenas uma das suas produções seguiu à risca as regras do Dogma, mas foi o suficiente para alçá-lo à fama. Desde então, ele já ganhou uma Palma de Ouro - depois de ser indicado várias vezes - e lançou dois filmes da sua trilogia sobre os Estados Unidos, sem nunca ter posto os pés lá. Ele também inventou uma técnica de filmagem chamada Automavision, em que a câmera é controlada por um computador, que decide os ângulos e movimentos. Além de simples, Von Trier é também estranho.
Sua mais recente produção é algo que se pode chamar de comédia para refletir - apesar do próprio diretor avisar que suas reflexões são inválidas. A história de um dono de uma empresa de tecnologia que, por medo de tornar-se impopular, inventa um grande chefe, que nunca está presente mas toma todas as decisões, e se vê obrigado a contratar um ator para representar o papel do tal chefe para concretizar a venda da empresa com um intransigente islandês que só aceita negociar com o dono, é típica do diretor. Seu humor, como seus filmes, não é para todos.
As variações quase absurdas na luz e na captação do som - algo como uma maneira de Von Trier provar que dispensa as perfumarias - dão ao filme um aspecto de quase realidade. Os diálogos estranhos - o ator que interpreta o chefe não chega a ser devidamente brifado sobre o que o personagem que interpreta fez ou disse no passado - têm um quê de pastelão, mas, no conjunto, é um dos filmes mais "palatáveis" do cineasta dinamarquês. Para assistir com a mente aberta.
Sua mais recente produção é algo que se pode chamar de comédia para refletir - apesar do próprio diretor avisar que suas reflexões são inválidas. A história de um dono de uma empresa de tecnologia que, por medo de tornar-se impopular, inventa um grande chefe, que nunca está presente mas toma todas as decisões, e se vê obrigado a contratar um ator para representar o papel do tal chefe para concretizar a venda da empresa com um intransigente islandês que só aceita negociar com o dono, é típica do diretor. Seu humor, como seus filmes, não é para todos.
As variações quase absurdas na luz e na captação do som - algo como uma maneira de Von Trier provar que dispensa as perfumarias - dão ao filme um aspecto de quase realidade. Os diálogos estranhos - o ator que interpreta o chefe não chega a ser devidamente brifado sobre o que o personagem que interpreta fez ou disse no passado - têm um quê de pastelão, mas, no conjunto, é um dos filmes mais "palatáveis" do cineasta dinamarquês. Para assistir com a mente aberta.
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