Entre os melhores filmes franceses do início do século XXI estão os do diretor François Ozon. Um craque nos diálogos, seus filmes costumam ser sustentado pelas personagens femininas fortes - daí um de seus filmes mais conhecidos ser 8 mulheres. Angel é o seu primeiro filme falado em inglês, e, para fazê-lo, Ozon escolheu não apenas a língua, mas quase toda a carga cultural da ilha britânica. A história da jovem escritora no período da primeira guerra mundial parece que foi filmado nos anos 60.
A estética é toda antiga, da fotografia ao recurso do chroma-key fraco, da iluminação à utilização do cenário. E especialmente na trilha sonora, que não apenas soa antiga, como preenche algumas cenas como os filmes de outrora. Os personagens são o único ponto em que a contemporaneidade da fita aparece, na maneira moderna de interpretar gente de uma época anterior. Os diálogos poderiam salvar essa bagunça, mas não o fizeram. Há poucos bons momentos.
Para a personagem principal, Ozon escolheu a britânica nascida em Hong Kong Romola Garai. Já falei dela neste blog, quando escrevi sobre o excelente Desejo e Reparação. Disse que ela era a atuação mais destoante daquele filme, por ser fraca comparada à excelência alcançada por alguns dos seus pares. Aqui, como protagonista, posso novamente afirmar que é uma atriz fraca. Exagerada nos trejeitos prepotentes da sua personagem, sua Angel soa muito falsa. A seu favor, o fato de que, de forma geral, o elenco esteve fraco, incluindo o experiente Sam Neill.
É interessante que o tema escolhido seja o dessa escritora em particular, já que ela, na história, alcança a fama com livros que eram basicamente fugas da realidade, numa época em que esta era especialmente dura. Para quem já conhece o trabalho do diretor francês, a impressão é que ele quis o mesmo com este filme. É uma espécie de E O Vento Levou, onde há muita embalagem e quase nenhum conteúdo.
A estética é toda antiga, da fotografia ao recurso do chroma-key fraco, da iluminação à utilização do cenário. E especialmente na trilha sonora, que não apenas soa antiga, como preenche algumas cenas como os filmes de outrora. Os personagens são o único ponto em que a contemporaneidade da fita aparece, na maneira moderna de interpretar gente de uma época anterior. Os diálogos poderiam salvar essa bagunça, mas não o fizeram. Há poucos bons momentos.
Para a personagem principal, Ozon escolheu a britânica nascida em Hong Kong Romola Garai. Já falei dela neste blog, quando escrevi sobre o excelente Desejo e Reparação. Disse que ela era a atuação mais destoante daquele filme, por ser fraca comparada à excelência alcançada por alguns dos seus pares. Aqui, como protagonista, posso novamente afirmar que é uma atriz fraca. Exagerada nos trejeitos prepotentes da sua personagem, sua Angel soa muito falsa. A seu favor, o fato de que, de forma geral, o elenco esteve fraco, incluindo o experiente Sam Neill.
É interessante que o tema escolhido seja o dessa escritora em particular, já que ela, na história, alcança a fama com livros que eram basicamente fugas da realidade, numa época em que esta era especialmente dura. Para quem já conhece o trabalho do diretor francês, a impressão é que ele quis o mesmo com este filme. É uma espécie de E O Vento Levou, onde há muita embalagem e quase nenhum conteúdo.
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