Fases de aprendizado são interessantes. Experimentações, pessoas que migram de estilos de arte parecidos, o processo de tentativa e erro. Quem ainda não se diverte com as peças do início do cinema, quando ainda se descobria o básico da linguagem? O cinema brasileiro está em um processo parecido. Aprendendo a dividir a crítica social com o comercial, aprendendo a levar às telas obras de outras origens, tentando vencer os hábitos que a televisão nos passou. Polaróides Urbanas é um típico representante dessa fase. A estréia na direção de um longa metragem de Miguel Falabella, com roteiro baseado em uma peça de teatro de sua própria autoria, leva alguns vícios que devem ser vencidos.
De forma geral, o filme é muito engraçado. Falta-lhe alguma evolução, o que vemos é uma tentativa de colocar na telona o formato de esquetes do teatro. Cada uma dela é divertida, percebemos alguma ligação entre elas, mas como o tempo tem que ser dividido para levar cada uma adiante aos poucos, o filme quase não avança. Cada historieta é como um curta, mais ou menos bem resolvido em si. Um deles, entretanto, corre para o lado oposto da comédia ao apresentar um verve muito dramático, que em nada combina com o clima geral.
Os atores brasileiros, de forma geral, são bem preparados. Mas percebemos que aqui eles estavam um pouco sem direção - no sentido literal e no cinematográfico. Assim, Juliana Baroni interpretou como se estivesse em Malhação; Ana Roberta Gualda, como em uma novela das 8; Arlete Sales, como se fosse no teatro; e assim em diante. É preciso ressaltar que Marília Pera está ótima, em diversas ocasiões carregando as cenas quase sozinha.
Como teleteatro, está muito bom. Como cinema, ainda há muito caminho para Falabella. Sair um pouco do teatro e da TV, enquanto estilo, amarrar melhor a história, aprender a lidar com os atores, coisas assim. Mas somos ainda uma indústria incipiente, e essas experimentações são totalmente válidas. É preciso que alguém cometa os erros para que saibamos corrigi-los no futuro.
De forma geral, o filme é muito engraçado. Falta-lhe alguma evolução, o que vemos é uma tentativa de colocar na telona o formato de esquetes do teatro. Cada uma dela é divertida, percebemos alguma ligação entre elas, mas como o tempo tem que ser dividido para levar cada uma adiante aos poucos, o filme quase não avança. Cada historieta é como um curta, mais ou menos bem resolvido em si. Um deles, entretanto, corre para o lado oposto da comédia ao apresentar um verve muito dramático, que em nada combina com o clima geral.
Os atores brasileiros, de forma geral, são bem preparados. Mas percebemos que aqui eles estavam um pouco sem direção - no sentido literal e no cinematográfico. Assim, Juliana Baroni interpretou como se estivesse em Malhação; Ana Roberta Gualda, como em uma novela das 8; Arlete Sales, como se fosse no teatro; e assim em diante. É preciso ressaltar que Marília Pera está ótima, em diversas ocasiões carregando as cenas quase sozinha.
Como teleteatro, está muito bom. Como cinema, ainda há muito caminho para Falabella. Sair um pouco do teatro e da TV, enquanto estilo, amarrar melhor a história, aprender a lidar com os atores, coisas assim. Mas somos ainda uma indústria incipiente, e essas experimentações são totalmente válidas. É preciso que alguém cometa os erros para que saibamos corrigi-los no futuro.
Um comentário:
Excelente crítica! O filme é exatamente isso aí! Abs, Julio.
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