O cinema parece estar finalmente descobrindo a qualidade do texto dos bons escritores de quadrinhos - algo que os amantes da nona arte já sabiam há tempos. E com isso teremos uma boa leva de filmes baseados nas histórias e personagens de Frank Miller, Alan Moore e Neil Gaiman, para ficar apenas nos melhores. Coraline é baseado em uma obra deste último e, assim como Stardust, não em um dos seus quadrinhos, mas em um dos seus livros.
A adaptação coube a Henry Selick, que roteirizou e dirigiu a fita, filmando na sua preferência pessoal, a animação em stop motion. Como em O Estranho Mundo de Jack, é uma pequena obra prima deste estilo pouco comum de animar, especialmente depois do computador. Que me perdoe a ótima equipe da Aardman Animation - que fez Fuga das Galinhas e Wallace & Gromit - mas a qualidade do stop motion de Selick é espantosa, e só foi igualada até hoje por seu antigo parceiro Tim Burton em A Noiva Cadáver. O segredo, por assim dizer, não podia ser mais óbvio: Selick atém-se aos detalhes como se fosse um filme "normal", e faz tudo na miniatura dos seus bonecos, incluindo iluminação. O resultado é primoroso.
É uma pena que as distribuidoras brasileiras não tenham percebido que Coraline não é exatamente para crianças. E essa parece ser a sina de Selick no Brasil. O extravagante mas ótimo Monkey Bone também sofreu do mesmo mal, e ambos vieram para o Brasil apenas em cópias dubladas. Pelo menos deixaram que viesse também em 3D - é o primeiro filme em stop motion feito originalmente em 3D - calma, não é a animação por computador, mas sim o tipo de filme que dá a sensação de profundidade quando assistido em salas e com óculos especiais. Mas a dublagem - por melhor que seja - nos impede de ter as vozes de Dakota Fanning, possivelmente a melhor atriz mirim de todos os tempos, além de outros bons artistas nas vozes originais.
E quando eu digo que Coraline não é só para crianças, talvez devesse dizer que, na verdade, é até pouco apropriado para as muito pequenas, dado o clima sinistro do filme - poderia facilmente ser uma obra de Burton. Mesmo assim, com algumas crianças que sairão assustadas das salas, é um ótimo filme, que certamente vale o ingresso.
A adaptação coube a Henry Selick, que roteirizou e dirigiu a fita, filmando na sua preferência pessoal, a animação em stop motion. Como em O Estranho Mundo de Jack, é uma pequena obra prima deste estilo pouco comum de animar, especialmente depois do computador. Que me perdoe a ótima equipe da Aardman Animation - que fez Fuga das Galinhas e Wallace & Gromit - mas a qualidade do stop motion de Selick é espantosa, e só foi igualada até hoje por seu antigo parceiro Tim Burton em A Noiva Cadáver. O segredo, por assim dizer, não podia ser mais óbvio: Selick atém-se aos detalhes como se fosse um filme "normal", e faz tudo na miniatura dos seus bonecos, incluindo iluminação. O resultado é primoroso.
É uma pena que as distribuidoras brasileiras não tenham percebido que Coraline não é exatamente para crianças. E essa parece ser a sina de Selick no Brasil. O extravagante mas ótimo Monkey Bone também sofreu do mesmo mal, e ambos vieram para o Brasil apenas em cópias dubladas. Pelo menos deixaram que viesse também em 3D - é o primeiro filme em stop motion feito originalmente em 3D - calma, não é a animação por computador, mas sim o tipo de filme que dá a sensação de profundidade quando assistido em salas e com óculos especiais. Mas a dublagem - por melhor que seja - nos impede de ter as vozes de Dakota Fanning, possivelmente a melhor atriz mirim de todos os tempos, além de outros bons artistas nas vozes originais.
E quando eu digo que Coraline não é só para crianças, talvez devesse dizer que, na verdade, é até pouco apropriado para as muito pequenas, dado o clima sinistro do filme - poderia facilmente ser uma obra de Burton. Mesmo assim, com algumas crianças que sairão assustadas das salas, é um ótimo filme, que certamente vale o ingresso.
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