Se você está começando uma banda, arrume agora mesmo uma forma de gravar tudo o que acontece. Compre uma gravadora, ou um cartão de memória maior para a sua câmera digital, e filme tudo, mesmo, e especialmente, os momentos estranhos e constrangedores. Se a banda não durar muito, você terá bons motivos para risadas. Se durar, você pode no futuro lançar um filme tão interessante como este. Branco Mello, dos Titãs, pensou nisso lá no começo dos anos 80, no início da banda, e começou a gravar tudo.
Através de um trabalho que deve ter sido tão árduo como divertido, Mello chamou Oscar Rodrigues Alves para, juntos, analisarem mais de 200 horas de imagens, para com elas tentar compor uma peça audiovisual de 100 minutos. A proposta de montagem foi ousada. Não há narração, nem legendas - exceto aquelas absolutamente necessárias para se entender o que está sendo falado no som ruim captado pelas câmeras amadoras. Apenas sequências de imagens - entre as captadas pela câmera de Branco Mello e arquivos de programas de TV - alinhadas com um objetivo, conta a história do grupo.
Com muita habilidade, Mello e Rodrigues Alves uniram os pedaços, nem sempre respeitando a cronologia, mas de maneira a dar um belo panorama da trajetória de uma das mais importantes bandas de rock do Brasil. O desrespeito à cronologia permitiu sequências belíssimas como uma das primeiras apresentações do grupo, com um Nando Reis magrelo e cabeludo cantando Querem Meu Sangue, unida à apresentação no Acústico MTV ao lado de Jimmy Cliff, autor da original The Harder They Come, entre outras montagens com a mesma música tocada em diferentes momentos - inclusive quando eles se apresentavam vestidos todos iguais, à moda anos 80.
É um filme que nos faz querer ver algo parecido de outras bandas da nossa época. Despretensioso, é como um poema bem feito, parece muito simples - o que significa que houve muito trabalho por trás. Infelizmente, não vai chegar à maioria dos cinemas - apesar de passar por quase todos os festivais. Se você tem a sorte de tê-lo em exibição por perto, recomendo.
Através de um trabalho que deve ter sido tão árduo como divertido, Mello chamou Oscar Rodrigues Alves para, juntos, analisarem mais de 200 horas de imagens, para com elas tentar compor uma peça audiovisual de 100 minutos. A proposta de montagem foi ousada. Não há narração, nem legendas - exceto aquelas absolutamente necessárias para se entender o que está sendo falado no som ruim captado pelas câmeras amadoras. Apenas sequências de imagens - entre as captadas pela câmera de Branco Mello e arquivos de programas de TV - alinhadas com um objetivo, conta a história do grupo.
Com muita habilidade, Mello e Rodrigues Alves uniram os pedaços, nem sempre respeitando a cronologia, mas de maneira a dar um belo panorama da trajetória de uma das mais importantes bandas de rock do Brasil. O desrespeito à cronologia permitiu sequências belíssimas como uma das primeiras apresentações do grupo, com um Nando Reis magrelo e cabeludo cantando Querem Meu Sangue, unida à apresentação no Acústico MTV ao lado de Jimmy Cliff, autor da original The Harder They Come, entre outras montagens com a mesma música tocada em diferentes momentos - inclusive quando eles se apresentavam vestidos todos iguais, à moda anos 80.
É um filme que nos faz querer ver algo parecido de outras bandas da nossa época. Despretensioso, é como um poema bem feito, parece muito simples - o que significa que houve muito trabalho por trás. Infelizmente, não vai chegar à maioria dos cinemas - apesar de passar por quase todos os festivais. Se você tem a sorte de tê-lo em exibição por perto, recomendo.
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