20 fevereiro, 2009

Operação Valquíria (Valkyrie)




O terceiro dos filmes retratando a Segunda Guerra a partir do lado dos alemães, Operação Valquíria já é comentado entre os cinéfilos há tempos. Anunciado há cerca de três anos, postergado várias vezes, alguns poderiam esperar que fosse uma jogada de marketing para aumentar a expectativa. Só podemos esperar que não, pois, apesar de muito bom, não cumpriria a campanha, se for o caso.

Quando se ouve que um filme como Operação Valquíria vai ser filmado, tendemos a imaginar um certo tipo de diretor, e normalmente o nome que nos vem à cabeça não é algo como Bryan Singer. Associado aos blockbusters que já dirigiu, como X-Men e Superman Returns, é um engano comum não lembrar dele. Mas o mesmo Bryan Singer dirigiu o excepcional Os Suspeitos e o ótimo O Aprendiz, este especialmente relacionado ao tema. E Singer consegue ambientar muito bem a produção, conseguindo um bom clima de tensão e uma fotografia notável, mostrando que deve sim ser lembrado para filmes que não são de super-heróis.

Ele compôs um elenco irregular, que une grandes talentos como Tom Wilkinson e Kenneth Branagh aos apenas eficientes Billy Nighy e Tom Cruise. Cruise, como bom astro-galã, usa e abusa dos closes e esforça-se para fazer um bom papel. Consegue, mas é sobrepujado facilmente por Wilkinson e Branagh, mesmo nas poucas vezes em que aparecem. Mas esta produção é mais focada na história em si que nas atuações.

E a história envolve o suficiente para nos mantermos atentos até o final, mesmo que a maioria saiba como tudo vai terminar. Como a Segunda Guerra e as suas atrocidades serão permanentes temas para todo tipo de produção artística, a sequência formada por Um Homem Bom, O Menino do Pijama Listrado e este Operação Valquíria tem a seu favor o fato de nos trazer um pouco de alívio ao saber que, afinal, havia mesmo na Alemanha pessoas que não concordavam com a loucura genocida de Hitler.

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