Apresentar diferenças culturais no cinema é sempre complicado, mesmo que seja também sempre interessante. Incluir nisso uma profundidade um pouco maior na religião já começa a ser um jogo perigoso. O que dizer, então, de duas culturas e religiões diferentes, e não só isso, em opostos temáticos, por assim dizer. Pois Stefan Schaefer resolveu escrever a história de duas mulheres, uma judia ortodoxa e outra muçulmana, que dividem a mesma sala de aula como professoras e o mesmo problema nas respectivas tradições, o casamento arranjado.
Stefan, cineasta independente, uniu-se à Diane Crespo, colega em algumas produções, para comandar uma excelente visita a dois mundos bastante diferentes. O tratamento foi bem feito, porque não há grandes discussões sobre os motivos de tal tradição - ambas as personagens optaram por seguir as suas - e, ao mesmo tempo, não há também muita religião. Acompanhamos as duas nos seus dilemas e na amizade que surge quase por acaso. Há, na verdade, uma leve tentativa de corroborar as escolhas das duas, com demonstrações rápidas e caricatas das opiniões contrárias - o único ponto em que, talvez, valesse uma revisão no roteiro.
Nos papéis principais, as desconhecidas Francis Benhamou e Zoe Lister Jones, respectivamente como a muçulmana e a judia, ambas muito bem, representando as religiões com bastante cuidado. Elas são acompanhadas por um ótimo elenco de apoio, com alguns papéis difíceis como o pretendente super tímido de Rochel. Alguém Que Me Ame de Verdade é um filme sem exageros, mas bastante eficiente na sua simplicidade. Apesar do final feliz um tanto fácil, é jovial, divertido e delicado, e mais um exemplo de que boas histórias, contadas da forma certa, rendem bom cinema.
Stefan, cineasta independente, uniu-se à Diane Crespo, colega em algumas produções, para comandar uma excelente visita a dois mundos bastante diferentes. O tratamento foi bem feito, porque não há grandes discussões sobre os motivos de tal tradição - ambas as personagens optaram por seguir as suas - e, ao mesmo tempo, não há também muita religião. Acompanhamos as duas nos seus dilemas e na amizade que surge quase por acaso. Há, na verdade, uma leve tentativa de corroborar as escolhas das duas, com demonstrações rápidas e caricatas das opiniões contrárias - o único ponto em que, talvez, valesse uma revisão no roteiro.
Nos papéis principais, as desconhecidas Francis Benhamou e Zoe Lister Jones, respectivamente como a muçulmana e a judia, ambas muito bem, representando as religiões com bastante cuidado. Elas são acompanhadas por um ótimo elenco de apoio, com alguns papéis difíceis como o pretendente super tímido de Rochel. Alguém Que Me Ame de Verdade é um filme sem exageros, mas bastante eficiente na sua simplicidade. Apesar do final feliz um tanto fácil, é jovial, divertido e delicado, e mais um exemplo de que boas histórias, contadas da forma certa, rendem bom cinema.
Um comentário:
Adorei a crítica, ainda não tive a oportunidade de ver esse filme, mas já está na lista dos próximos =)
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