Há alguns anos, saindo para ir ao cinema, topei com meu pai no corredor de casa. Quando disse onde ia, ele perguntou que filme iria ver, e disse que era o novo do Clint Eastwood. Ele respondeu que não sabia que faroestes me interessavam. Era 2003, e o filme, Sobre Meninos e Lobos. Disse rapidamente a meu pai que Eastwood, há tempos, era muito mais que faroestes e Dirty Harry - não consigo me lembrar a última vez que soube que ele foi ao cinema. Você, leitor deste singelo blog, provavelmente sabe que um dos mais velhos cineastas em atividade - ele tem hoje 78 anos - é também um dos mais importantes. Eastwood não erra há algum tempo, não seria aqui que ele iria errar.
Gran Torino é espetacular. Fruto de anos de aprimoração cinematográfica, de um estilo sem muitas marcas mas ainda assim difícil de copiar, e do fato de que há um bocado de talento por trás. Já a algum tempo podemos dizer que vale a pena assistir qualquer coisa que Clint Eastwood faça, seja ele o autor do projeto ou apenas o diretor convidado. Neste, ele teve a difícil tarefa de impor um ritmo suave a uma história cheia de tensão - e ainda atuar nela como um velho ranzinza. É impressionante o número de vezes em que caimos na risada com este filme, mesmo sem ser uma comédia, e mesmo sabendo o que virá mais a frente. É algo que não se aprende na escola de cinema, só na da vida do cinema. Conseguir colocar a comicidade bem medida nos contrapontos culturais de um veterano de guerra norte-americano e seus novos vizinhos Hmong, e fazer desses mesmos contrapontos, mas desta vez de gerações, o ponto central da trama, não é para qualquer um.
Com um elenco principal formado de novos atores - Hmong e descendentes - Eastwood consegue, como sempre, atuações excelentes, incluindo aí a sua própria. Imagine você ser um jovem não-ator e contracenar com Clint Eastwood num papel nada amigável. Foram papéis difíceis, mas muito bem conduzidos, mesmo, e principalmente, nas cenas em que os diálogos são no idioma Hmong - aqui ele usa a experiência de ter dirigido um filme todo em japonês.
E isso tudo sem mencionar os aspectos técnicos, da excelente fotografia aos cenários bem trabalhados. Cada pedaço é bem cuidado, tudo é pensado como uma peça cinematográfica única, da forma como deve ser feito. Como sempre no caso de Eastwood, é um filmaço, sem ressalvas.
Gran Torino é espetacular. Fruto de anos de aprimoração cinematográfica, de um estilo sem muitas marcas mas ainda assim difícil de copiar, e do fato de que há um bocado de talento por trás. Já a algum tempo podemos dizer que vale a pena assistir qualquer coisa que Clint Eastwood faça, seja ele o autor do projeto ou apenas o diretor convidado. Neste, ele teve a difícil tarefa de impor um ritmo suave a uma história cheia de tensão - e ainda atuar nela como um velho ranzinza. É impressionante o número de vezes em que caimos na risada com este filme, mesmo sem ser uma comédia, e mesmo sabendo o que virá mais a frente. É algo que não se aprende na escola de cinema, só na da vida do cinema. Conseguir colocar a comicidade bem medida nos contrapontos culturais de um veterano de guerra norte-americano e seus novos vizinhos Hmong, e fazer desses mesmos contrapontos, mas desta vez de gerações, o ponto central da trama, não é para qualquer um.
Com um elenco principal formado de novos atores - Hmong e descendentes - Eastwood consegue, como sempre, atuações excelentes, incluindo aí a sua própria. Imagine você ser um jovem não-ator e contracenar com Clint Eastwood num papel nada amigável. Foram papéis difíceis, mas muito bem conduzidos, mesmo, e principalmente, nas cenas em que os diálogos são no idioma Hmong - aqui ele usa a experiência de ter dirigido um filme todo em japonês.
E isso tudo sem mencionar os aspectos técnicos, da excelente fotografia aos cenários bem trabalhados. Cada pedaço é bem cuidado, tudo é pensado como uma peça cinematográfica única, da forma como deve ser feito. Como sempre no caso de Eastwood, é um filmaço, sem ressalvas.
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