Robert Redford é um dos poucos atores que se tornaram diretores da atualidade que tem um estilo muito particular de contar uma história. Ele dirigiu pouco, apenas 7 vezes, comparado com as mais de 6 dezenas de produções em que atuou e outras tantas que produziu. No comando, seu estilo se traduz em ótimo ritmo, roteiros profundos e temas moralizantes. Valoriza os diálogos e aproveita bem a fotografia. Suas experiências na direção normalmente não causam estouros de bilheteria, mas obtém boa resposta dos críticos. Em seu mais recente filme ele dirige e atua, e sustenta uma opinião sobre a política de "segurança" dos Estados Unidos.
Ao contrário da maioria dos outros filmes sob a batuta de Redford, a fotografia aqui não conta. Há basicamente três cenários: o gabinete de um senador, o escritório de um professor universitário, e a guerra do Afeganistão - aquela que eles começaram seis anos atrás com a desculpa de prender Osama Bin Laden e acabar com o terrorismo. Os três cenários representam os três diálogos básicos da história: o senador tenta vender sua próxima campanha militar a uma jornalista veterana; o professor tenta dar direções a um jovem talentoso mas perdido; e dois soldados patriotas tentam provar para si mesmos que tudo aquilo vale à pena. Essa estrutura valoriza a multiplicidade do discurso, mas também ajuda o filme a navegar muito bem até quase o final, quando praticamente se perde.
Redford leva a história em rédeas curtas, fazendo, a exemplo dos discursos de Sócrates, longas espirais antes de colocar sua opinião. Cada núcleo do filme é excelente, mas o mesmo não se pode dizer da relação entre eles. Um bom time de atores segura a qualidade das cenas, que infelizmente não levam a um lugar muito claro. Como diretor, os méritos são grandes. Os diálogos são fortes como pouco se viu em filmes mais comerciais, e seu elenco trabalha muito bem. Mas algo falta.
A opinião que o filme expressa é clara, desde o início: contra a presença norte-americana no Afeganistão, não importam os motivos que os levaram até lá. Durante todo o filme, temos a impressão de que uma alternativa muito melhor vai ser colocada. Temos a impressão que a jornalista vai defender a verdade e a sua classe e negar o pedido vil de apoio do senador, e que o aluno brilhante vai perceber o que deveria estar fazendo e não faz, e talvez que os soldados percebam que o país pelo qual tanto prezam não preza tanto assim por eles. E o filme chega ao final deixando todas essas impressões no ar, sem dar o seu devido fechamento. Sem ser um filme alternativo o suficiente para nos inferir maiores reflexões, acaba também não sendo comercial o suficiente para dizer a que veio.
Ao contrário da maioria dos outros filmes sob a batuta de Redford, a fotografia aqui não conta. Há basicamente três cenários: o gabinete de um senador, o escritório de um professor universitário, e a guerra do Afeganistão - aquela que eles começaram seis anos atrás com a desculpa de prender Osama Bin Laden e acabar com o terrorismo. Os três cenários representam os três diálogos básicos da história: o senador tenta vender sua próxima campanha militar a uma jornalista veterana; o professor tenta dar direções a um jovem talentoso mas perdido; e dois soldados patriotas tentam provar para si mesmos que tudo aquilo vale à pena. Essa estrutura valoriza a multiplicidade do discurso, mas também ajuda o filme a navegar muito bem até quase o final, quando praticamente se perde.
Redford leva a história em rédeas curtas, fazendo, a exemplo dos discursos de Sócrates, longas espirais antes de colocar sua opinião. Cada núcleo do filme é excelente, mas o mesmo não se pode dizer da relação entre eles. Um bom time de atores segura a qualidade das cenas, que infelizmente não levam a um lugar muito claro. Como diretor, os méritos são grandes. Os diálogos são fortes como pouco se viu em filmes mais comerciais, e seu elenco trabalha muito bem. Mas algo falta.
A opinião que o filme expressa é clara, desde o início: contra a presença norte-americana no Afeganistão, não importam os motivos que os levaram até lá. Durante todo o filme, temos a impressão de que uma alternativa muito melhor vai ser colocada. Temos a impressão que a jornalista vai defender a verdade e a sua classe e negar o pedido vil de apoio do senador, e que o aluno brilhante vai perceber o que deveria estar fazendo e não faz, e talvez que os soldados percebam que o país pelo qual tanto prezam não preza tanto assim por eles. E o filme chega ao final deixando todas essas impressões no ar, sem dar o seu devido fechamento. Sem ser um filme alternativo o suficiente para nos inferir maiores reflexões, acaba também não sendo comercial o suficiente para dizer a que veio.
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