Em 2000 fomos apresentados a uma dupla de cineastas mexicanos que, com poucos movimentos, deixaram sua marca indelével na produção cinematográfica atual. O filme era Amores Brutos, dirigido por Alejandro González Iñarritú e escrito por Guillermo Arriaga. O estilo tenso e a história de várias partes entrelaçadas agradou a crítica em cheio. A dupla realizaria mais dois projetos juntos, os excelentes 21 gramas e Babel, além de participarem nos curtas da BMW. Conta-se que, durante a produção de Babel, houve uma rixa entre os dois. Aparentemente Arriaga não gostou do comportamento do seu parceiro diretor quanto a certas declarações para a imprensa. O fato é que temos agora o primeiro longa do roteirista depois de Babel, sem Iñarritú na direção. O novato Jorge Hernandez Aldana comanda a história baseada em um livro do próprio Guillermo.
Ao contrário dos filmes com seu antigo parceiro, aqui temos apenas uma história. Como nos outros, entretanto, temos o estilo tenso e as informações dadas a conta-gotas. Um jovem esquizofrênico comete suicídio e deixa para seu melhor amigo - que havia tomado-lhe a namorada enquanto o outro estava no hospital - uma caixa. É o início de uma perseguição lenta e paulatina, que não deixará que Miguel livre-se do fantasma de Gregorio nem que aproveite a companhia de Tania, a namorada. Indo e vindo, o filme nos mostra um pouco do que aconteceu no passado e outro pouco do que acontece agora.
O estilo de Arriaga é o de seus outros roteiros, ocultando o que é interessante saber, e revelando o que talvez não gostaríamos de ver. O diretor recebeu de presente um excelente roteiro, e soube aproveitá-lo muito bem, compondo um elenco exemplar. Diego Luna, no papel principal, é um rosto conhecido para aqueles que deram uma olhada no cinema mexicano da última década. Muito bem acompanhado por Liz Gallardo, cuja semelhança com a espanhola Penelope Cruz está não apenas nas feições mas também na atuação, e pelo competente Gabriel González.
O México tem mostrado-se uma fonte de cinema de muito boa qualidade. De lá já saíram ótimos filmes, excelentes diretores, atores primorosos, tudo que pode-se esperar da sétima arte quando bem feita. Uma pena que, ainda assim, filmes como este permaneçam restritos ao circuito alternativo. Na desavença entre os antigos parceiros, pelo jeito o roteirista levou a melhor. Depois deste, já tem mais dois roteiros anunciados, enquanto Iñarritú fez apenas uma participação em um filme coletivo sobre cinema.
Ao contrário dos filmes com seu antigo parceiro, aqui temos apenas uma história. Como nos outros, entretanto, temos o estilo tenso e as informações dadas a conta-gotas. Um jovem esquizofrênico comete suicídio e deixa para seu melhor amigo - que havia tomado-lhe a namorada enquanto o outro estava no hospital - uma caixa. É o início de uma perseguição lenta e paulatina, que não deixará que Miguel livre-se do fantasma de Gregorio nem que aproveite a companhia de Tania, a namorada. Indo e vindo, o filme nos mostra um pouco do que aconteceu no passado e outro pouco do que acontece agora.
O estilo de Arriaga é o de seus outros roteiros, ocultando o que é interessante saber, e revelando o que talvez não gostaríamos de ver. O diretor recebeu de presente um excelente roteiro, e soube aproveitá-lo muito bem, compondo um elenco exemplar. Diego Luna, no papel principal, é um rosto conhecido para aqueles que deram uma olhada no cinema mexicano da última década. Muito bem acompanhado por Liz Gallardo, cuja semelhança com a espanhola Penelope Cruz está não apenas nas feições mas também na atuação, e pelo competente Gabriel González.
O México tem mostrado-se uma fonte de cinema de muito boa qualidade. De lá já saíram ótimos filmes, excelentes diretores, atores primorosos, tudo que pode-se esperar da sétima arte quando bem feita. Uma pena que, ainda assim, filmes como este permaneçam restritos ao circuito alternativo. Na desavença entre os antigos parceiros, pelo jeito o roteirista levou a melhor. Depois deste, já tem mais dois roteiros anunciados, enquanto Iñarritú fez apenas uma participação em um filme coletivo sobre cinema.
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