Hector Babenco é um diretor que costuma dividir os poucos brasileiros que o conhecem. À parte o fato dele ser argentino, suas produções brasileiras geram opiniões quase sempre opostas. Ele filma pouco, foram apenas 11 peças desde 73, mas sempre o faz intensamente. Sua penúltima obra, o brasileiro Carandiru, foi filmado no mesmo prédio em que se passam as histórias, às pressas, antes que o complexo carcerário fosse demolido. Para que os atores pudessem entrar melhor em seus personagens, Babenco fez com que todos passassem uma noite nas celas, nas mesmas condições dos detentos. Sua nova película traz também algo em comum entre a realidade e a ficção, mas desta vez é algo um tanto mais prosaico. Seu ator principal, Gael Garcia Bernal, envolveu-se com quase todas as mulheres da produção, incluindo atrizes.
O filme é a história de Rímini, desde a separação da sua primeira esposa Sofia até sua reunião com ela. O estilo mais intimista que Babenco imprimiu à obra transparece em diálogos curtos e atuações fortes, em que Bernal é um indiscutível destaque, mostrando sua força como um dos melhores atores da sua geração. Mas o elenco feminino que faz o contraponto ao galanteador mexicano não deve em nada. É preciso apontar as qualidades mostradas por Analía Couceyro, a Sofia, que demonstra uma grande capacidade de produzir um sentimento com sutis mudanças de expressão.
Babenco filma O Passado com a experiência de quem já teve sob sua tutela ótimos atores e excelentes roteiros, e sabe como usar a cena a seu favor, seja na intimidade revelada, seja no silencio que quase tudo conta. Como das outras vezes, é bastante possível que as opiniões dividam-se nos extremos, já que é difícil passar as quase duas horas de projeção inócuo ao roteiro forte. Possivelmente a Argentina tentará levar o filme ao Oscar, entre outros grandes prêmios do cinema, e nesse fator o nome Hector Babenco pode dar alguns pontos a mais. Uma curiosidade: Paulo Autran, um dos maiores atores brasileiros, fez neste filme sua última participação nos cinemas, em uma ponta como um professor francês.
O filme é a história de Rímini, desde a separação da sua primeira esposa Sofia até sua reunião com ela. O estilo mais intimista que Babenco imprimiu à obra transparece em diálogos curtos e atuações fortes, em que Bernal é um indiscutível destaque, mostrando sua força como um dos melhores atores da sua geração. Mas o elenco feminino que faz o contraponto ao galanteador mexicano não deve em nada. É preciso apontar as qualidades mostradas por Analía Couceyro, a Sofia, que demonstra uma grande capacidade de produzir um sentimento com sutis mudanças de expressão.
Babenco filma O Passado com a experiência de quem já teve sob sua tutela ótimos atores e excelentes roteiros, e sabe como usar a cena a seu favor, seja na intimidade revelada, seja no silencio que quase tudo conta. Como das outras vezes, é bastante possível que as opiniões dividam-se nos extremos, já que é difícil passar as quase duas horas de projeção inócuo ao roteiro forte. Possivelmente a Argentina tentará levar o filme ao Oscar, entre outros grandes prêmios do cinema, e nesse fator o nome Hector Babenco pode dar alguns pontos a mais. Uma curiosidade: Paulo Autran, um dos maiores atores brasileiros, fez neste filme sua última participação nos cinemas, em uma ponta como um professor francês.
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