E no meio de uma nova enxurrada de filmes de super-herói, eis que surge Hancock. Como a chamada e o trailer deixam claro, ele não é um herói comum. Beberrão e descuidado, ele vence, sim, os vilões, mas não sem deixar um rastro de destruição, o que irrita a população e as autoridades. Sob esse mote, temos o que no início é uma comédia interessante. O diretor Peter Berg - do recente e elogiado O Reino - parece o diretor perfeito para esse tipo de produção. Mais acostumado a estar em frente às câmeras, em papéis menores, ele dirige regularmente há 10 anos, e tem marcado o comando de um novo remake do cult Duna a estrear em 2010.
Berg deixa a história solta, e os atores também. Percebe-se nas performances de Will Smith, Charlize Theron e Jason Bateman que eles estavam mais exercitando os próprios estilos do que sob a tutela de uma outra personalidade. Felizmente, isso quer dizer que todos se saem bem, com a ressalva de sempre a Bateman, que parece fazer sempre mais ou menos o mesmo papel. Smith merece uma menção especial. Ele se esforça para passar a Hancock o cinismo que o personagem pede, e em algumas cenas consegue. Um diretor melhor preparado conseguiria extrair o que o ator sozinho não foi capaz.
A comédia, lá pela metade da fita, torna-se outra coisa. A história do herói atrapalhado vira uma espécie de drama de descoberta, com uma surpresa que realmente pega todos despreparados. São duas boas metades que não conversam, já que a comédia, desse ponto em diante, é esquecida e, sem conseguir ser nem um bom drama nem um bom filme de ação de super-herói, a segunda segue até o final tentando definir-se. Um pouco mais de trabalho no roteiro e, provavelmente, teríamos um excelente contraponto aos personagens dos quadrinhos que voltaram com tudo à telona.
Berg deixa a história solta, e os atores também. Percebe-se nas performances de Will Smith, Charlize Theron e Jason Bateman que eles estavam mais exercitando os próprios estilos do que sob a tutela de uma outra personalidade. Felizmente, isso quer dizer que todos se saem bem, com a ressalva de sempre a Bateman, que parece fazer sempre mais ou menos o mesmo papel. Smith merece uma menção especial. Ele se esforça para passar a Hancock o cinismo que o personagem pede, e em algumas cenas consegue. Um diretor melhor preparado conseguiria extrair o que o ator sozinho não foi capaz.
A comédia, lá pela metade da fita, torna-se outra coisa. A história do herói atrapalhado vira uma espécie de drama de descoberta, com uma surpresa que realmente pega todos despreparados. São duas boas metades que não conversam, já que a comédia, desse ponto em diante, é esquecida e, sem conseguir ser nem um bom drama nem um bom filme de ação de super-herói, a segunda segue até o final tentando definir-se. Um pouco mais de trabalho no roteiro e, provavelmente, teríamos um excelente contraponto aos personagens dos quadrinhos que voltaram com tudo à telona.
Um comentário:
Ah ... foi um filme meio estranho. Basicamente a segunda parte da história acabou "estragando", ainda mais com a tal "revelação" da personagem da Charlize ...
Abraço
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