Fazer um filme sobre a superação humana não traria a este nenhuma atenção especial. Outros bons títulos são facilmente lembrados apenas citando o tema, como Meu Pé Esquerdo e Mar Adentro. Mas há dois pontos que tornam O Escafandro e a Borboleta especial. Um deles é a rara condição do protagonista, um bon vivant que, após um derrame sério, fica totalmente paralizado, só conseguindo controlar o seu olho esquerdo - situação conhecida como Síndrome de Encarceramento. A outra é a forma como a história é construída, a partir do momento em que Jean-Dominique Bauby acorda do coma, 20 dias depois do Acidente Vascular Cerebral.
Os primeiros minutos da fita são totalmente em primeira pessoa. Vemos da forma como Bauby via, na sua extremamente limitada situação. Ouvimos tudo, incluindo o que ele pensa, já que é incapaz de falar. Somos apresentados ao personagem de maneira incrivelmente eficiente, e logo percebemos que, apesar de não conseguir se mexer, sua mente está intacta. Assim, também, logo somos capazes de imaginar o pesadelo que é a prisão dentro do próprio corpo.
Os mosaicos de imagens e memórias, deixando pouco a pouco o ponto de vista de Bauby, é uma composição belíssima do diretor Julian Schnabel, vencedor da Melhor Direção em Cannes, além de indicado para a Palma de Ouro. Com poucos filmes no currículo - este é o terceiro - ele mostra uma predileção por histórias reais, e por uma maneira contundente de filmar. Ele consegue aqui extrapolar as limitações da película, como o próprio Bauby fez com sua imaginação. O filme é praticamente uma viagem sensorial. O bom elenco, apesar das ótimas participações, é quase coadjuvante, ante a beleza da forma como a história é contada.
Um filme que foi muito falado antes de vir para cá - e muito esperado pelos cinéfilos de plantão. Não decepciona, pelo contrário. O que poderia facilmente cair para o sentimentalismo torna-se, nas mãos certas, uma excelente experiência cinematográfica. Imperdível.
Os primeiros minutos da fita são totalmente em primeira pessoa. Vemos da forma como Bauby via, na sua extremamente limitada situação. Ouvimos tudo, incluindo o que ele pensa, já que é incapaz de falar. Somos apresentados ao personagem de maneira incrivelmente eficiente, e logo percebemos que, apesar de não conseguir se mexer, sua mente está intacta. Assim, também, logo somos capazes de imaginar o pesadelo que é a prisão dentro do próprio corpo.
Os mosaicos de imagens e memórias, deixando pouco a pouco o ponto de vista de Bauby, é uma composição belíssima do diretor Julian Schnabel, vencedor da Melhor Direção em Cannes, além de indicado para a Palma de Ouro. Com poucos filmes no currículo - este é o terceiro - ele mostra uma predileção por histórias reais, e por uma maneira contundente de filmar. Ele consegue aqui extrapolar as limitações da película, como o próprio Bauby fez com sua imaginação. O filme é praticamente uma viagem sensorial. O bom elenco, apesar das ótimas participações, é quase coadjuvante, ante a beleza da forma como a história é contada.
Um filme que foi muito falado antes de vir para cá - e muito esperado pelos cinéfilos de plantão. Não decepciona, pelo contrário. O que poderia facilmente cair para o sentimentalismo torna-se, nas mãos certas, uma excelente experiência cinematográfica. Imperdível.
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