Quando um mestre do mistério resolve fazer um drama, as chances de uma mistura de estilos que não funciona é grande, se não se tiver cuidado. Claude Chabrol é basante conhecido na França por seus thrillers - e diz-se que começou com ele a nouvelle vague francesa - e resolveu experimentar novas maneiras de contar histórias. Uma Garota Dividida em Dois é, essencialmente, um drama, com algumas pitadas de humor e leves toques do gênero original do diretor, tudo isso vestindo uma trama que caberia a uma coméria romântica.
Essa salada dependeria de um roteiro muito bem escrito e amarrado para fluir e funcionar, mas não é o que acontece. O filme é longo e muitas vezes chato. Cenas cuja sequência são discutíveis confundem o espectador, e nem os bons atores escolhidos conseguem fazer a fita andar. A bela Ludivine Sagnier, que normalmente atua bem, perde-se um pouco na dualidade da sua personagem, ora mimada, ora madura. Contracenando com ela estão Benoît Magimel, como um andrógino milionário, e o veterano François Berléand. Este é o único que veste adequadamente seu papel, apesar de poder conter um pouco o tom blasé.
Vindo de um lugar onde tantas boas produções nos surpreendem, esta é uma peça que parece ter saído às pressas. Havia muito trabalho a ser feito, até chegar a um filme realmente bom. Por outro lado, é importante sabermos que nem tudo que vem do velho mundo vale a pena. Para quem sempre torçe o nariz para o cinema europeu, é um bom motivo para continuar assistindo aos pasteurizados norte-americanos. Mas, claro, ele não deve ser usado como referência. Um caso raro em que a distribuição restrita pode trazer algum benefício.
Essa salada dependeria de um roteiro muito bem escrito e amarrado para fluir e funcionar, mas não é o que acontece. O filme é longo e muitas vezes chato. Cenas cuja sequência são discutíveis confundem o espectador, e nem os bons atores escolhidos conseguem fazer a fita andar. A bela Ludivine Sagnier, que normalmente atua bem, perde-se um pouco na dualidade da sua personagem, ora mimada, ora madura. Contracenando com ela estão Benoît Magimel, como um andrógino milionário, e o veterano François Berléand. Este é o único que veste adequadamente seu papel, apesar de poder conter um pouco o tom blasé.
Vindo de um lugar onde tantas boas produções nos surpreendem, esta é uma peça que parece ter saído às pressas. Havia muito trabalho a ser feito, até chegar a um filme realmente bom. Por outro lado, é importante sabermos que nem tudo que vem do velho mundo vale a pena. Para quem sempre torçe o nariz para o cinema europeu, é um bom motivo para continuar assistindo aos pasteurizados norte-americanos. Mas, claro, ele não deve ser usado como referência. Um caso raro em que a distribuição restrita pode trazer algum benefício.
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