A Europa sempre nos oferece uma oportunidade de confrontarmos nossos conceitos, com as várias facetas liberais que o Velho Mundo possui. Mas mesmo lá ainda há alguns resquícios de pensamentos retrógrados, e é justamente em um desses pontos que Baby Love trabalha. O título, em inglês, em nada reflete o Comme Les Autres original, e é estranho que tenham decidido por ele para a cópia brasileira. Como Os Outros, na tradução direta do original, representa muito melhor o que o filme deseja transmitir.
Vincen Garenq, estreando em longas depois de uma vasta carreira na TV francesa, conta a história de um homossexual que quer ter um filho, à revelia de todos, inclusive do seu parceiro. Dessa trama pode-se extrair uma história com diversos desdobramentos, mas Garenq escolhe talvez o mais apropriado para uma peça cinematográfica. Sem deixar nem por um momento descambar para uma das várias vertentes sentimentalóides, ele consegue um resultado excelente.
E parece que o fez também para deixar a fita mais palatável para o público não-europeu. O personagem principal é interpretado, muito bem por sinal, por Lambert Wilson, que já vimos em filmes de grande público como as duas sequências de Matrix e Mulher Gato. Contracenando com ele uma boa seleção de atores franceses, e a espanhola Pilar López de Ayala, em uma ótima performance.
E você deve estar se perguntando qual foi afinal o estilo que Garenq adotou. Poucos pensariam que poderia ser uma comédia, mas é, e das melhores. Não que com isso ele trate o tema da homossexualidade, ou da adoção, ou qualquer outro, com desdém, pelo contrário. Ele faz uma comédia inteligente, daquelas que rimos por serem situações que, por mais estranhas que pareçam, são factíveis - inclusive diz-se que o roteiro, escrito por ele, foi inspirado em uma situação real vivida por um amigo. Com bastante delicadeza, todos os pontos polêmicos são contornados por uma história deliciosa.
Vincen Garenq, estreando em longas depois de uma vasta carreira na TV francesa, conta a história de um homossexual que quer ter um filho, à revelia de todos, inclusive do seu parceiro. Dessa trama pode-se extrair uma história com diversos desdobramentos, mas Garenq escolhe talvez o mais apropriado para uma peça cinematográfica. Sem deixar nem por um momento descambar para uma das várias vertentes sentimentalóides, ele consegue um resultado excelente.
E parece que o fez também para deixar a fita mais palatável para o público não-europeu. O personagem principal é interpretado, muito bem por sinal, por Lambert Wilson, que já vimos em filmes de grande público como as duas sequências de Matrix e Mulher Gato. Contracenando com ele uma boa seleção de atores franceses, e a espanhola Pilar López de Ayala, em uma ótima performance.
E você deve estar se perguntando qual foi afinal o estilo que Garenq adotou. Poucos pensariam que poderia ser uma comédia, mas é, e das melhores. Não que com isso ele trate o tema da homossexualidade, ou da adoção, ou qualquer outro, com desdém, pelo contrário. Ele faz uma comédia inteligente, daquelas que rimos por serem situações que, por mais estranhas que pareçam, são factíveis - inclusive diz-se que o roteiro, escrito por ele, foi inspirado em uma situação real vivida por um amigo. Com bastante delicadeza, todos os pontos polêmicos são contornados por uma história deliciosa.
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