Alguns filmes são marcados por uma determinada estética, que, se for bem aplicada, torna-se parte da história. Poucas vezes se viu um detalhe técnico tão bem envolvido no roteiro quanto em O Bom Pastor. A segunda incursão de Robert De Niro na direção – a primeira foi em 1993 com Desafio no Bronx – mostra que, além de ser um excelente ator, ele também tem um olho muito bom. O Bom Pastor conta a história de Edward Wilson, um rapaz brilhante que se tornaria um dos primeiros homens da CIA, a agência de inteligência norte-americana. As origens da agência confundem-se com a história do personagem.
O filme é quase todo filmado com contraluz, quase sempre em cenas noturnas ou internas. Esse detalhe, que passa despercebido da maioria, é uma tradução visual do próprio papel da agência e do personagem principal. Tudo tem que ser feito nas sombras, sem que ninguém veja ou perceba. E é nas sombras que o filme acontece, numa belíssima – apesar de soturna – fotografia.
O submundo do início da CIA – ainda como OSS, Office of Strategic Services – também se confunde com o submundo da sociedade norte-americana, mostrada a partir de sua “mais famosa sociedade secreta” - verdadeira, por mais paradoxal que pareça uma sociedade secreta famosa – a Skulls and Bones. É dela a tão falada cena da luta na lama, protagonizada pelo ator principal Matt Damon, mas a cena em si tem apenas alguns segundos e nada a incluir na história, senão a força de vontade de Edward em fazer contato com as pessoas certas. E fazer contato com pessoas certas parece ser também a habilidade de De Niro, que conseguiu reunir um impressionante time de atores e, o mais difícil, levá-los todos a ótimas interpretações. De Damon como principal às pontas de gente de peso como Joe Pesci e o próprio De Niro, tudo se encaixa.
Se acrescentarmos ao filme a gama de pequenos segredos históricos que podem ser pescados – afinal, o roteiro foi baseado em pessoas e fatos reais, apesar de romanceado – temos um belo exemplo de produção cinematográfica. Não espere, entretanto, um suspense de arrepiar ou alguma ação. Lembre-se, este filme é feito de sombras e coisas faladas em segredo. Assista como se estivesse inadvertidamente vendo algo que não devia, e depois não conte pra ninguém.
O filme é quase todo filmado com contraluz, quase sempre em cenas noturnas ou internas. Esse detalhe, que passa despercebido da maioria, é uma tradução visual do próprio papel da agência e do personagem principal. Tudo tem que ser feito nas sombras, sem que ninguém veja ou perceba. E é nas sombras que o filme acontece, numa belíssima – apesar de soturna – fotografia.
O submundo do início da CIA – ainda como OSS, Office of Strategic Services – também se confunde com o submundo da sociedade norte-americana, mostrada a partir de sua “mais famosa sociedade secreta” - verdadeira, por mais paradoxal que pareça uma sociedade secreta famosa – a Skulls and Bones. É dela a tão falada cena da luta na lama, protagonizada pelo ator principal Matt Damon, mas a cena em si tem apenas alguns segundos e nada a incluir na história, senão a força de vontade de Edward em fazer contato com as pessoas certas. E fazer contato com pessoas certas parece ser também a habilidade de De Niro, que conseguiu reunir um impressionante time de atores e, o mais difícil, levá-los todos a ótimas interpretações. De Damon como principal às pontas de gente de peso como Joe Pesci e o próprio De Niro, tudo se encaixa.
Se acrescentarmos ao filme a gama de pequenos segredos históricos que podem ser pescados – afinal, o roteiro foi baseado em pessoas e fatos reais, apesar de romanceado – temos um belo exemplo de produção cinematográfica. Não espere, entretanto, um suspense de arrepiar ou alguma ação. Lembre-se, este filme é feito de sombras e coisas faladas em segredo. Assista como se estivesse inadvertidamente vendo algo que não devia, e depois não conte pra ninguém.
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