Em 2003 o diretor Carlos Reichenbach lançou a história de uma jovem operária de uma indústria paulista, com algumas pitadas de suspense e outras de crítica social. Não chegou a impressionar. O novo longa do gaúcho trata de uma jovem operária de uma indústria paulista, com algumas pitadas de suspense e outras de crítica social. Falsa Loura segue rigorosamente os mesmos passos do Garotas do ABC. Mostra os mesmos ângulos, o mesmo tipo de fotografia, o mesmo subúrbio, uma bela protagonista - com sua nudez devidamente aproveitada.
Não que ele não saiba fazer diferente. Pelo contrário. Seu nome é conhecido entre os frequentadores de festivais, e alguns das suas produções - como Dois Córregos, que aparece em uma auto-homenagem em uma das cenas - são bastante elogiadas. E não é também que ele não tenha qualidades, nem que este seja ruim. Só que, como o seu irmão gêmeo, não chega a impressionar. A história confunde-se entre as várias vertentes da vida da protagonista Silmara, que hora ajuda uma colega a desabrochar, ora é cheia de segredos com o pai, ora ofendida por ser tratada como prostituta, ora forte, ora fraca. A idéia parece ser justamente esta, um retrato próximo da operária, mas faltou uma linha que amarrasse melhor todas as várias partes.
Silmara é interpretada pela brasiliente Rosane Mulholland. Também conhecida dos festivais, esteve no histriônico A Concepção, e é uma ótima atriz. Ela esforça-se para dar o tom sugerido pela cena, mas mesmo assim em alguns momentos parece perdida com as intenções da sua personagem. Em suas cenas com Cauã Reymond, fica claro como o galã é fraco, e olha que ela nem está tão bem assim nessas cenas específicas.
Ao tentar fazer um filme denso e profundo, Reichenbach acaba com uma peça um tanto sem definição. As mudanças são tantas, tão rápidas e carentes de ligação, que não percebemos evolução na personagem, nem captamos sua real personalidade. Algumas cenas são particularmente muito boas, mas sem um encaixe perfeito com o conjunto. Outras são tão sem nexo que poderiam não apenas ser retiradas, como realocadas em qualquer pedaço do filme. Nem comercial nem alternativo, Falsa Loura não é o melhor exercício do diretor gaúcho.
Não que ele não saiba fazer diferente. Pelo contrário. Seu nome é conhecido entre os frequentadores de festivais, e alguns das suas produções - como Dois Córregos, que aparece em uma auto-homenagem em uma das cenas - são bastante elogiadas. E não é também que ele não tenha qualidades, nem que este seja ruim. Só que, como o seu irmão gêmeo, não chega a impressionar. A história confunde-se entre as várias vertentes da vida da protagonista Silmara, que hora ajuda uma colega a desabrochar, ora é cheia de segredos com o pai, ora ofendida por ser tratada como prostituta, ora forte, ora fraca. A idéia parece ser justamente esta, um retrato próximo da operária, mas faltou uma linha que amarrasse melhor todas as várias partes.
Silmara é interpretada pela brasiliente Rosane Mulholland. Também conhecida dos festivais, esteve no histriônico A Concepção, e é uma ótima atriz. Ela esforça-se para dar o tom sugerido pela cena, mas mesmo assim em alguns momentos parece perdida com as intenções da sua personagem. Em suas cenas com Cauã Reymond, fica claro como o galã é fraco, e olha que ela nem está tão bem assim nessas cenas específicas.
Ao tentar fazer um filme denso e profundo, Reichenbach acaba com uma peça um tanto sem definição. As mudanças são tantas, tão rápidas e carentes de ligação, que não percebemos evolução na personagem, nem captamos sua real personalidade. Algumas cenas são particularmente muito boas, mas sem um encaixe perfeito com o conjunto. Outras são tão sem nexo que poderiam não apenas ser retiradas, como realocadas em qualquer pedaço do filme. Nem comercial nem alternativo, Falsa Loura não é o melhor exercício do diretor gaúcho.
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