As tramas e a vida privada das realezas européias da idade média sempre serão prato cheio para livros e filmes. Com mais ou menos embasamento histórico, as diferenças culturais entre nossa época e aquela despertam o interesse de qualquer um mais ou menos interessado no comportamento humano. A Outra trata de uma história que é conhecida mesmo por nós brasileiros - a quem normalmente pouco da história mundial é realmente transmitido: o caso de Ana Bolena, a plebéia que tornou-se rainha da Inglaterra, ao mesmo tempo em que convenceu o então rei Henrique VIII a quebrar os laços com a onipotente igreja católica e criar a religião Anglicana.
Vários nomes conhecidos no elenco, mas na direção um nome novo. Justin Chadwick dirige seu primeiro longa para o cinema - até então só tinha dirigido filmes televisivos ou episódios de seriados. Ele sai-se muito bem nessa primeira investida. Seu retrato do século XVI é bastante interessante, especialmente no cuidado com o figurino e na excelente fotografia. O inglês usa filtros para simular a iluminação proveniente da chama das velas utilizadas então, assim como aproveita bem a luz natural. As cores do filme são quase um personagem, fortes e quentes nos momentos em que a trama está se armando, sutil e fria quando acontece a reviravolta que levará ao final da fita.
E ele também demonstra uma boa mão com seus atores. As irmãs Bolena, se foram minimamente parecidas com Natalie Portman e Scarlett Johansson, realmente causaram um problema ao rei Henrique. Ambas são lindas e atuam bem, mas não há como negar que Natalie é muito superior artisticamente a Scarlett. Nenhuma delas é inglesa, e ambas poderiam ter cuidado mais do sotaque, como também Eric Bana no papel do rei. Jim Sturgess como o irmão Bolena responsabiliza-se por boa parte do sotaque inglês na fita. Os pais, Mark Rylance e Kristin Scott Thomas, atuam como bons veteranos, que deixam seus jovens protagonistas brilharem. Não há atuações excelentes, mas também não há ruins.
Antes que os historiadores joguem suas pedras, vale a pena assistir, inclusive pelo lado histórico. Correto ou não, devemos sempre nos lembrar de que, afinal, é um filme, com duração de quase duas horas, e que jamais poderia ser suficientemente acurado para manter o interesse. Sabendo que muito ali é exagerado e incorreto, ainda assim o básico da história é mantido, e muito bem apresentado.
Vários nomes conhecidos no elenco, mas na direção um nome novo. Justin Chadwick dirige seu primeiro longa para o cinema - até então só tinha dirigido filmes televisivos ou episódios de seriados. Ele sai-se muito bem nessa primeira investida. Seu retrato do século XVI é bastante interessante, especialmente no cuidado com o figurino e na excelente fotografia. O inglês usa filtros para simular a iluminação proveniente da chama das velas utilizadas então, assim como aproveita bem a luz natural. As cores do filme são quase um personagem, fortes e quentes nos momentos em que a trama está se armando, sutil e fria quando acontece a reviravolta que levará ao final da fita.
E ele também demonstra uma boa mão com seus atores. As irmãs Bolena, se foram minimamente parecidas com Natalie Portman e Scarlett Johansson, realmente causaram um problema ao rei Henrique. Ambas são lindas e atuam bem, mas não há como negar que Natalie é muito superior artisticamente a Scarlett. Nenhuma delas é inglesa, e ambas poderiam ter cuidado mais do sotaque, como também Eric Bana no papel do rei. Jim Sturgess como o irmão Bolena responsabiliza-se por boa parte do sotaque inglês na fita. Os pais, Mark Rylance e Kristin Scott Thomas, atuam como bons veteranos, que deixam seus jovens protagonistas brilharem. Não há atuações excelentes, mas também não há ruins.
Antes que os historiadores joguem suas pedras, vale a pena assistir, inclusive pelo lado histórico. Correto ou não, devemos sempre nos lembrar de que, afinal, é um filme, com duração de quase duas horas, e que jamais poderia ser suficientemente acurado para manter o interesse. Sabendo que muito ali é exagerado e incorreto, ainda assim o básico da história é mantido, e muito bem apresentado.
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